Campanha da Argentina campeã teve pênaltis marcados em cinco dos sete jogos
SANTOS, SP (UOL/FOLHAPRESS) - Dos sete jogos da campanha do título da Argentina no Qatar, cinco deles tiveram pênaltis a favor dos hermanos. Foi assim, inclusive, que o time de Lionel Scaloni abriu o placar neste domingo (18), na grande decisão, contra França, com Messi cobrando e levando a melhor sobre Lloris. A vitória emocionante nos pênaltis (4 a 2), após 3 a 3 na prorrogação, garantiu o tricampeonato à seleção sul-americana.
Lionel Messi foi o responsável pelas cinco cobranças, e teve um aproveitamento de 80% ?isso sem contar a decisão por pênaltis contra a Holanda, quando o camisa 10 também bateu e balançou as redes.
O primeiro pênalti marcado para os argentinos no Qatar foi logo no jogo de estreia, na derrota por 2 a 1 para a Arábia Saudita ?a única no Mundial. Messi converteu, mas o time levaria a virada no segundo tempo de maneira histórica.
No importante triunfo sobre o México, por 2 a 0, a Argentina construiu o placar sem a necessidade de pênaltis, com Messi e Enzo Fernández indo às redes.
Já contra a Polônia, na confirmação da vaga para o mata-mata, os hermanos voltaram a ter uma penalidade a favor, mas Messi parou em Szczesny. Mesmo assim, a Argentina venceu novamente por 2 a 0 com gols de Mac Allister e Julian Álvarez.
No mata-mata, a Argentina começou batendo a Austrália nas oitavas de final sem a necessidade dos pênaltis: vitória de 2 a 1, gols de Messi e Julian Álvarez. Desde as quartas de final, porém, os árbitros assinalaram penalidades em todas as partidas da Argentina.
Foi assim contra a Holanda, quando Messi, chutando da marca da cal, fez o segundo gol do time sul-americano -os europeus viriam a empatar em 2 a 2 ainda no tempo normal, e os argentinos conseguiriam a classificação na decisão por pênaltis.
Nas semifinais contra a Croácia, mais um pênalti. Messi, mais uma vez, inaugurou o placar antes de Julian Álvarez fazer mais dois com a bola rolando e decretar o 3 a 0 que colocou os hermanos na final.
Na grande decisão contra a França, a história se repetiu. Em uma disputa entre Di María e Dembelé dentro da área, o árbitro polonês Szymon Marciniak não hesitou em apontar a infração do jogador francês. Messi abriu o placar, Di María fez mais um, mas Mbappé deixou tudo igual. Na prorrogação, Messi fez 3 a 2, mas Mbappé voltou a empatar, de pênalti: 3 a 3. Nos pênaltis, a Argentina converteu todas as cobranças e venceu por 4 a 2 para ficar com o título.
NOVO RECORDE
Com o pênalti contra a França, o quinto no Qatar, a Argentina estabeleceu um novo recorde em Copas do Mundo, superando as quatro penalidades marcadas a favor de um time em uma mesma edição de Mundial: Portugal, em 1966, e Holanda, em 1978.