Ajuste de Vítor Pereira para o Flamengo corre risco por problema com Thiago Maia

Por IGOR SIQUEIRA

Vítor Pereira

RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) - A cena de Thiago Maia deixando o Maracanã usando uma bota ortopédica, após a derrota para o Vasco, neste domingo (5), representa um risco para o ajuste mais recente que o técnico Vitor Pereira fez no time do Flamengo.

O clube ainda espera resultados de exames para ter um cenário mais concreto sobre o jogador, mas há um risco de que o volante fique fora da partida de quarta-feira (8), contra o Fluminense, na última rodada da fase de classificação do Campeonato Carioca.

O QUE ACONTECEU

Thiago Maia deixou o jogo contra o Vasco ainda no intervalo. O clube informou que ele sofreu um trauma no tornozelo esquerdo.

O jogador deixou o Maracanã mancando e com uma bota ortopédica imobilizando o pé esquerdo. Exames vão apontar o diagnóstico exato.

A possível ausência de Thiago Maia afeta a solução tática mais recente de Pereira para o Flamengo. Desde o jogo contra o Independiente Del Valle, Maia passou a se posicionar como um terceiro zagueiro.

EFEITO DOMINÓ

Quando teve Thiago Maia mais recuado, o Flamengo usou Fabrício Bruno e David Luiz formando a linha defensiva de três homens. Ao mesmo tempo, Ayrton Lucas e Varela ganharam liberdade pelos lados, atuando como alas bem abertos e ofensivos.

Quando perdeu Thiago Maia diante do Vasco, Vitor Pereira desfez o esquema, já que optou pela entrada imediata de Everton Cebolinha. O Flamengo voltou à linha de quatro mais "tradicional".

Na frente, Cebolinha joga aberto pela esquerda. Sem Pedro, Gabigol foi o centroavante com Arrascaeta e Everton Ribeiro se aproximando dele.

PRESSÃO POR RESULTADOS

O Flamengo teve mais posse de bola nos dois últimos jogos, mas não atingiu o objetivo desejado. Contra o Del Valle, até fez um gol, no último instante do jogo, só que perdeu nos pênaltis. Contra o Vasco, perdeu por 1 a 0.

O cenário é de pressão crescente sobre o técnico Vitor Pereira. O time até produz chances, mas falha na maioria das conclusões. E paga o preço por isso.

"A bola não está entrando. Já vim aqui diversas vezes em momento bom, sendo elogiado, vim, falei e sorri. Agora, a mesma coisa. Estou passando aqui, as coisas não estão tão boas, mas é trabalhar. Das outras vezes tivemos momentos bons e ruins e saímos juntos. Agora, não estamos passando um momento tão bom, mas vamos trabalhar para mudar esse momento. Só o trabalho pode mudar. Não adianta vir aqui, ficar se desculpando. É trabalhar, quietinho".

Gerson, volante do Flamengo

O Carioca é o único título que resta neste primeiro semestre para o Flmengo, que perdeu Recopa, Supercopa e Mundial de Clubes.

O jogo contra o Fluminense definirá o campeão da Taça Guanabara, o primeiro turno do estadual. Ficar entre os dois primeiros na classificação geral assegura vantagem de mando de campo e do empate nas semifinais do Carioca. O primeiro colocado da fase de classificação terá o privilégio de escolher a ordem do mando de campo da final.