Sampaoli já foi protagonista em eleição do Fla e 'cabo eleitoral' derrotado

Por BRUNO BRAZ E ALEXANDRE ARAÚJO

Sampaoli

RIO DE JANEIRO, RJ (UOL/FOLHAPRESS) - O Flamengo anunciou, na noite de sexta (14), um acordo com Jorge Sampaoli. O treinador vai desembarcar na Gávea anos depois de ter sido sonho de consumo e "cabo eleitoral", mas a chapa não levou o pleito presidencial.

Sampaoli foi um dos protagonistas da eleição do Flamengo de 2015, quando era treinador da seleção chilena.

À época, Eduardo Bandeira de Mello buscava a reeleição e tinha como principal rival o ex-correligionário Wallim Vasconcellos.

Em meio à corrida eleitoral, a chapa de Wallim disse ter assinado um acordo para ter Sampaoli como treinador em caso de vitória.

Na ocasião, o ex-zagueiro Gélson Baresi, que defendeu o Fla nos anos 90, se apresentou como representante do treinador e chegou a confirmar a informação.

Dias antes dos sócios irem às urnas, o treinador negou o acordo, em entrevista à Rádio Teletrece, e disse não ter agentes.

Isso do Flamengo só pode ser uma intenção política. Não conheço esse senhor, eu não tenho representante. Impossível que eu tenha um acordo" Jorge Sampaoli, na época, à Rádio Teletrece

Posteriormente, o candidato da Chapa Verde voltou a garantir o acordo e justificou a resposta de Sampaoli sobre o caso pelo fato de estar ainda sob contrato com a federação chilena.

"É óbvio que ele vai negar publicamente. Ele só vai poder confirmar isso no dia 7 ou 8 de dezembro, após a votação. Está negando até porque está sob contrato com a federação chilena. Tudo que fizemos foi de acordo com o agente dele. Até a divulgação foi combinada. Se ganharmos, teremos Sampaoli no comando do Flamengo, sim", cravou.

Por fim, Eduardo Bandeira de Mello se reelegeu para o triênio 2016, 2017 e 2018, com 1.632 votos.

Wallim Vasconcellos ficou na segunda colocação, com 834. Cacau Cotta, da Chapa Branca, teve 259. Foram 14 nulos e 14 em branco.

O Flamengo anunciou o acordo com Sampaoli na noite de sexta (14). O treinador já figurava na lista de interesses, mas atrás de Jorge Jesus.

A diretoria do Rubro-Negro procurou o português, mas alguns fatores fizeram as negociações mudarem de rumo.

Jesus ainda tem contrato com o Fenerbahçe, da Turquia, e o Fla apontava urgência por um novo nome, principalmente após a derrota para o Maringá, pela Copa do Brasil.