Hamilton critica lei anti-LGBT da Flórida antes do GP de Miami
SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - O piloto inglês Lewis Hamilton falou sobre a polêmica lei conhecida como 'Don't Say Gay' (não diga gay, em inglês) vigente na Flórida.
O heptacampeão mundial criticou a lei aprovada por Ron DeSantis, governador do estado. Hamilton afirmou que está ao lado da comunidade LGBTQIA+ da região.
O piloto mencionou repressões na Arábia Saudita. Hamilton já utilizou em várias ocasiões capacete com arco-íris pintado.
Hamilton não afirmou se acha correto ou não a Fórmula 1 realizar um GP na Flórida. A corrida é a primeira de três nesta temporada que serão realizadas nos EUA.
"Não é nada bom. Eu apoio aqueles da comunidade (LGBTQIA+) aqui. Espero que eles permaneçam firmes e respondam. Estarei com o arco-íris no meu capacete. Não é diferente de quando estávamos na Arábia Saudita", disse Hamilton.
"Não são as pessoas de Miami que estão tomando essas decisões, são as pessoas no governo e esse é o problema. Acho que tudo que posso fazer -o esporte estará aqui se eu correr ou não-, mas pelo menos posso continuar a apoiar", afirmou.
O QUE É A LEI
A lei proíbe referências a temas como orientação sexual e identidade de gênero nas escolas. A norma é chamada oficialmente de "Direitos dos Pais na Educação".
Pais e responsáveis de alunos do ensino fundamental podem mover ação judicial contra professores que tocarem nos assuntos proibidos. A lei foi aprovada no ano passado, abrangendo estudantes da pré-escola ao 3º ano, e expandida em abril de 2023 por Ron DeSantis.