Arthur Zanetti destaca estratégia em último ciclo olímpico da carreira

Por Agência Brasil

A etapa de Osijek (Croácia) da Copa do Mundo de ginástica artística, que começa nesta quinta-feira (8), marca o retorno de Arthur Zanetti às competições internacionais quase um ano após vencer o Campeonato Pan-Americano, no Rio de Janeiro. Aos 35 anos, o campeão olímpico das argolas nos Jogos de Londres (Grã-Bretanha), em 2012, e prata nos do Rio de Janeiro, em 2016, sabe que, neste momento de carreira, precisão não se limita aos movimentos no aparelho, mas passa, também, por escolher bem o que disputar.

“Temos que ser muito estratégicos. Geralmente, as competições são todas na Europa, isso é muito desgastante. Não sai barato, o preço da passagem está caro, não fica viável ir a todas as etapas de Copa do Mundo. Se até um atleta mais novo sente, o mais velho sente mais”, afirmou o ginasta, que vive o quarto e último ciclo olímpico da carreira.

“Às vezes a mente quer fazer [o movimento], mas o corpo acaba não correspondendo. São 16 anos em alta intensidade, isso pesa bastante. Pesa no corpo, pesa na cabeça, pesa a idade. Estou fazendo o máximo no treino, para chegar na competição e fazer uma boa prova. Queremos resultados, mas há muitas etapas até a medalha. Estou nesse passo a passo”, emendou.

O evento na Croácia servirá de termômetro para Zanetti na preparação para o principal torneio do ano: o Mundial da Antuérpia (Bélgica), entre 30 de setembro e 8 de outubro. A competição será a chance de o Brasil classificar as seleções masculina e feminina à Olimpíada de Paris (França). As equipes têm de ficar entre as nove melhores dos respectivos gêneros, sem contar as que se garantiram nos Jogos pela edição anterior do campeonato, que foi disputada em Liverpool (Grã-Bretanha) e da qual o brasileiro não participou por estar doente.

Caso as equipes não se classifiquem, o jeito será buscar lugar, também via Mundial, pelo desempenho no individual geral (oito vagas no masculino e 14 no feminino) ou nas disputas por aparelho (o melhor atleta de cada equipamento se garante em Paris). Em 2024, as oportunidades de ir aos Jogos passarão pelas etapas da Copa do Mundo e pelos torneios continentais.

“O Brasil quer ter equipe completa [cinco ginastas] nos Jogos, como temos feito desde 2016. Temos uma base de quais atletas [rivais] estarão na Olimpíada. Então, competir internacionalmente é importante para vermos o que é preciso melhorar, voltarmos para o ginásio, trabalharmos o erro e fazermos uma série perfeita”, comentou Zanetti.

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“Postamos lá o que ele gosta de fazer. Quando ele pega alguma coisa, começamos a gravar, uma surpresa pode sair. Acredito que ajudou bastante outros pais e mães a colocarem os filhos no esporte, desenvolver a parte motora da criança”, destacou Zanetti.

“O Liam está nesse caminho. Ele faz natação, fazia judô, anda de bicicleta, mas o que mais gosta é ginástica, talvez pelo exemplo que passamos para ele, todo dia treinando, mostrando vídeos. Vamos ver, vou deixá-lo escolher”, concluiu o campeão olímpico.