Presidente da CBF acumula fracassos com resultados de seleções

Por Folhapress

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Eleito em março de 2022 para presidir a CBF (Confederação Brasileira de Futebol), Ednaldo Rodrigues acumula fracassos em campo com as seleções nacionais nos últimos 17 meses. O último ocorreu nesta quarta-feira (2) com a eliminação na fase de grupos na Copa do Mundo feminina.

"Antecipo que este resultado em nada vai mudar o propósito da CBF na minha gestão de continuar investindo de forma consistente no futebol feminino como um todo. Pelo contrário, vamos intensificar esse investimento. Teremos agora um ciclo olímpico pela frente e seguiremos dedicados a avançar", disse o dirigente após o empate por 0 a 0 com a Jamaica. O resultado sacramentou a queda da seleção na Austrália.

Foi a eliminação mais precoce do time feminino em Mundiais desde 1995. Havia a expectativa de uma grande campanha também por ser a despedida de Marta, 37, seis vezes eleita a melhor do planeta. Ela se despediu do torneio.

Rodrigues acumula problemas com as equipes nacionais, o que pode descambar para as críticas. Na seleção masculina, levou sete meses, após a derrota na Copa do Qatar, para contratar um novo treinador e de forma interina. Fernando Diniz foi anunciado por um ano, a princípio, porque a confederação espera a liberação de Carlo Ancelotti, que comanda o Real Madrid.

Ao ser eleito, oito meses antes do início do Mundial masculino de 2022, decidiu preservar a comissão técnica. Apesar de não gostar do coordenador Juninho Paulista e não morrer de amores pelo técnico Tite, decidiu não apenas mantê-los mas também atender a todos os pedidos feitos. Isso para evitar que, em caso de derrota, fosse responsabilizado.

No Oriente Médio, o Brasil fez apenas uma grande partida (nas oitavas de final, contra a Coreia do Sul), perdeu pela primeira vez em um jogo de fase de grupos desde 1998 (contra Camarões) e caiu nas quartas de final diante da Croácia.

Já estava definido que Tite não continuaria, mas a seleção não tinha nenhum substituto alinhado.

Na teoria, o Brasil vai disputar seis rodadas das Eliminatórias para o torneio de 2026 com um interino no comando.

"Ele [Ancelotti] vai estar na seleção com certeza. Mas o treinador pelos próximos 12 meses, com certeza, será o Fernando Diniz", assegurou Rodrigues.

Em campo, mesmo nas categorias de base, as coisas não têm dado certo. Com uma campanha irregular, a seleção sub-20 foi derrotada por Israel, país sem tradição no futebol, nas quartas de final da Copa do Mundo, por 3 a 2.