Rebeca e Flávia brilham, e Brasil é prata por equipes na ginástica

A equipe feminina de ginástica artística do Brasil, medalhista de prata no Mundial três semanas atrás, repetiu a conquista neste domingo em Santiago (Chile), no Pan.

Por DEMÉTRIO VECCHIOLI

Equipe Brasileira de Ginástica Feminina Panamericano 2023

SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - A equipe feminina de ginástica artística do Brasil, medalhista de prata no Mundial três semanas atrás, repetiu a conquista neste domingo em Santiago (Chile), no Pan. Com praticamente a mesma equipe que estava na Antuérpia (Bélgica), as brasileiras só ficaram atrás de bom time B dos Estados Unidos. O Canadá faturou o bronze.

A equipe feminina de ginástica artística do Brasil, medalhista de prata no Mundial três semanas atrás, repetiu a conquista neste domingo em Santiago (Chile), no Pan. Com praticamente a mesma equipe que estava na Antuérpia (Bélgica), as brasileiras só ficaram atrás de bom time B dos Estados Unidos. O Canadá faturou o bronze.

Como previsto, Rebeca Andrade não se apresentou no solo, para preservar o joelho três vezes operado. Com isso, ela não competiu por vaga na final do individual geral, que premia a ginasta mais completa, e em que ela foi vice-campeã mundial. Flávia Saraiva é forte candidata a estar no pódio desta prova, amanhã. Já Rebeca passou à final do salto como (muito) favorita. Nas assimétricas e na trave, ela teve a segunda melhor nota.

Como foi a competição

Como o sorteio jogou o Brasil para a última subdivisão, o time brasileiro subiu ao tablado sabendo o que precisava fazer para ganhar o ouro. E, usando o Mundial como referência, seria necessário uma apresentação quase tão boa quanto da final, apesar do desfalque de Rebeca no solo e da previsão de uma série mais simples de Flávia Saraiva nesse aparelho.

E o solo era exatamente o primeiro aparelho do Brasil. Flavia (13,400), Julia (13,400) e Jade (13,333) tiveram notas parecidas, e a de Carol foi descartada. Rebeca abriu a prova dela no salto, com ótimos 15,100. Flavia (14,000) e Jade (13,800) também foram bem.

Nas assimétricas, a primeria a se apresentar foi Carol, que caiu. Reserva no Mundial, ela entrou na equipe no lugar de Lorrane Oliveira por ser boa no salto, mas todas as notas dela foram descartadas. Isso jogou pressão sobre as demais, que não poderiam errar. Mas Jade errou duas vezes. Perdeu embalo em um momento, e deu três passos a mais na saída.

Levou uma nota 10,933, que entrou para a conta da equipe brasileira porque a de Carol havia sido descartada. Isso tirou qualquer chance de o Brasil lutar pelo ouro, apesar de boas séries de Rebeca (14,300) e Flávia (13,633).

A apresentação brasileira foi encerrada na trave. Julia Soares (12,666) e Jade Barbosa (12,600) passaram sem sustos e praticamente garantiram a prata por equipes para o Brasil. Flávia veio depois e tirou 13,433. Rebeca fechou a apresentação com 13,633.

A prova de hoje também valeu classificação para as finais do individual geral (soma dos quatro aparelhos, cuja final será amanhã) e por aparelhos. Flavinha avançou em terceiro, com 54,466 pontos, só 0,200 menos que Jordan Chiles. Jade passou em oitavo.

No solo, Flavinha e Jade se classificaram em terceiro e quarto, respectivamente. Rebeca foi a única brasileira a fazer dois saltos e foi à final com enorme folga sobre toda as rivais. Nas assimétricas, Rebeca passou com a segunda nota e, Flávia, a quinta. Na trave elas foram segunda e terceira.