'Cobra e formiga nas costas', Diogo conta como são os treinos na Tailândia

Por Folhapress

SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - Falando sobre os tempos em que atuou na Tailândia, o ex-atacante Diogo, com passagens por Portuguesa, Flamengo e Palmeiras, relembrou algumas dinâmicas inusitadas que teve que fazer com os colegas de Buriram United.

Diogo contou que participou de atividades que pareciam treinamentos militares e teve que encarar cobras e formigas. Ele falou em entrevista ao Zona Mista do Hernan, no canal do UOL Esporte no YouTube, que vai ao ar nesta segunda-feira (25).

Dois dias depois [da apresentação], foi o treinamento militar. E eu ainda estava com problemas para me adaptar ao fuso horário. Eu errava um exercício e já tinha que fazer flexão. Depois, em um exercício em que a gente passava por baixo de um arame, veio um tailandês e bateu com uma folha cheia de formiga nas minhas costas. Fiquei cego de raiva. E foi de sacanagem. Todo mundo rindo.

"Tinha um exercício de esconder a bandeira e o pessoal ia procurar. Eu entrei no banheiro, me escondi e dormi. Acordei com o pessoal me avisando que já tinha acabado. No mesmo dia, tinha um exercício com uma canoa cheia de água com um balde do lado. Na canoa, tinha cobra d'água, sapo. Eu morro de medo de bicho. E eu falei para o treinador: 'Já é demais'. Ele respondeu que a mulher do presidente estava pedindo mais empenho. Eu respondi que estava lá para fazer gol e não para ser Indiana Jones.", disse o jogador.

O ex-atacante ainda disse que se surpreendeu positivamente com o futebol tailandês. Ele admitiu, porém, que aceitou a proposta principalmente por causa do fator financeiro.

"Eu saí do Palmeiras e fui direto para o Buriram [United], da Tailândia. E vou ser sincero: o que mais me atraiu na Ásia foi a parte financeira. Mas, além disso, eu pesquisei um pouco sobre a Tailândia, vi um monte de prédio bonito: 'Vou para lá agora!' Chegando lá, eu me surpreendi positivamente. O clube era muito estruturado, tinha CT na capital. O futebol é um pouco abaixo do nosso, não tem como negar. Mas é competitivo. Nos anos que eu fiquei lá, eu sempre mantive esse pensamento de fazer o meu melhor, de dar a vida, e consegui me destacar, fazer diferença. Agora, se você achar que é fácil depois de alguns jogos, aí, esquece: você volta. E eles são assim: o meu clube, por exemplo, dispensava jogadores na pré-temporada.", finalizou.