"O Vasco não vai cair"
"O Vasco não vai cair"
A situação de vocês é preocupante. Levar 4 é preocupante para qualquer equipe. Para um clube na zona de rebaixamento, é mais preocupante ainda. Mas "o Vasco não vai cair", é o que garante o presidente cruz-maltino, Eurico Miranda. Vocês acreditam nisso?
O Brasileirão é equilibradíssimo. A briga na parte de cima da tabela mostra que um tropeço pode ser cruel para quem ambiciona Libertadores e título. Na parte de baixo, idem. "Apenas" três pontos separam o Goiás, primeira equipe dentro do Z-4, do Figueirense, que está na "beira do precipício". Mas, em um torneio com tanto clube embolado, outros critérios de desempate podem (e certamente, farão) a diferença.
O Vasco preocupa seus torcedores. Após cair duas vezes em cinco anos, o cruz-maltino voltou à Série A e corre um risco iminente de uma nova queda, embora seu presidente garanta o contrário. São três vitórias, três empates e nove derrotas em quinze jogos. Está na 18ª colocação, marcou só oito gols e tem a pior defesa, com 26 sofridos. Hoje, o saldo de gols, segundo critério de desempate, é de -18.
Veja só: o clube venceu os dois clássicos regionais do primeiro turno, os torcedores comemoraram como título, mas o time não saiu da zona de rebaixamento. Ontem, o lance envolvendo o Herrera traduz o nervosismo da equipe, a incerteza do que pode acontecer no ambiente vascaíno. Herrera não é um atacante espetacular, mas em condições normais, não perderia aquele gol. As falhas de Martín Silva mostram o desespero da comissão técnica pela volta do goleiro, já que os reservas que foram testados (Charles e Jordi) não passaram a segurança necessária. O uruguaio é infinitamente melhor que os dois, mas sem tempo de bola, é difícil até para quem bate uma pelada no final de semana, imagina para um profissional?
Há esperança para o Vasco? Certamente sim, afinal, ainda restam 23 rodadas e 69 pontos a disputar. No entanto, a situação já é complicada. Com 12 pontos, é preciso vencer pelo menos 11 partidas para alcançar os 45 pontos mágicos da famosa conta do rebaixamento. A volta do zagueiro Luan, bronze no Pan-americano, poderá dar um gás e uma segurança defensiva maior ao time. Mas só isso não mudará muita coisa. Talvez o Vasco devesse se espelhar no Flamengo de 2014. Onde quase ninguém via esperança, a mudança de postura do grupo e a saída de alguns jogadores foi fundamental para a permanência na primeira divisão.
Tempo hábil existe. Resta saber como ele será usado.
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- Flamengo em Foco. Já atuou em veículos impressos da cidade e como assessor de imprensa na PJF e na Câmara Municipal.