Fofinhos até demais
Fofinhos at? demais
A obesidade tamb?m afeta c?es e gatos e precisam de
cuidados para manter a sa?de em dia
10/08/2006
A dona do beagle Giba, de cinco anos, Daniela Bellini, conta que h? dois anos notaram que o c?o estava acima do peso. "Mas todo mundo achava bonitinho. ? igual crian?a gordinha que todo mundo acha lindo", comprara. Ao sair na rua para passear, as pessoas ficavam admiradas e at? j? chamaram o Giba de leit?ozinho.
S? que ao passearem com ele, com o tempo, notaram que a respira??o dele n?o estava normal. "No caminhar, ele respirava alto. Parecia que o Giba estava sempre roncando", conta. Ao lev?-lo em uma consulta veterin?ria, o m?dico alertou sobre o excesso de peso. O problema ? que al?m de comer a ra??o, na hora das refei?es, o cachorro ficava em volta da mesa. "Cada um dava um pouquinho de comida para ele". Resultado: Giba ficou 10kg acima do peso ideal. "Ele estava pesando 25kg".
O m?dico passou atividade f?sica e diminuiu a quantidade de ra??o, mas Daniela confessa que ningu?m levou t?o a s?rio a dieta que Giba deveria seguir. "At? que um dia a gente viu uma mat?ria de uma cachorrinha obesa, que teve diabete e colesterol alto e morreu por isso". S? a? perceberam a gravidade que o caso poderia se tornar.
Diminu?ram a quantidade de ra??o. A medida s?o dois copo americanos de ra??o - ao meio-dia e outro ?s 19h - que, no come?o era diet, mais duas horas de caminhada durante o inverno - uma hora pela manh? e uma hora ? tarde. "Quando come?ou a esquentar, passamos para uma hora de caminhada". Depois de seis meses, Giba j? emagreceu seis quilos (ainda precisa eliminar mais quatro) e come a mesma medida de ra??o, s? que light, que mant?m o peso.
O cachorro j? tentou sair da dieta por conta pr?pria, mas Daniela pegou Giba no pulo. "Tinha um mo?o que veio trabalhar aqui em casa. O Giba tem medo de todo mundo que n?o ? da casa e fica latindo. Mas a gente come?ou a perceber que ele ia atr?s do mo?o na hora do caf?. E ele n?o estava emagrecendo mais. Ele estava comendo p?o todo dia", conta.
Teste da balan?a
? que a vida contempor?nea dos donos, incluindo a obesidade e o sedentarismo, atingiu os animais de estima??o, que ficam enfurnados dentro de casa ou apartamentos, enquanto seus donos saem para trabalhar. "N?o tem ningu?m obeso com cachorro magro. Os animais absorvem o estilo de vida do dono".
? por isso que os gatos tamb?m engordam, j? que n?o saem mais para fazer seus passeios pela vizinhan?a, nem pulam muros ou em ?rvores. A solu??o, mesmo que se more em apartamento, ? uma boa brincadeira dentro de casa mesmo. "Tem uma mo?a que ensinou o cachorro dela andar na esteira, porque n?o tem tempo de andar com ele na rua", conta o m?dico.
Um detalhe que as pessoas devem ficar atentas ? quanto a ra?a do animal que v?o escolher. "Algumas s?o mais ativas que outras. O beagle, por exemplo, ? super ativo e precisa de espa?o para brincar", alerta Ricardo. Por isso, beagle, labrador, cocker spaniel, puddle, york shire e weimaranei s?o ra?as propensas a ganhar peso com mais facilidade.
Outro impasse ? a variedade enorme de ra?es no mercado, como as super proteicas e que devem ser dada em pouca quantidade. "Quando a gente fala a quantidade de ra??o que a pessoa deve colocar, elas dizem: 'S? isso?'". Pensando assim, fica dif?cil para o bichinho voltar a forma, n?o ? mesmo? "A educa??o passa tamb?m pela comida", diz o veterin?rio.
Problemas de sa?de
Se a apar?ncia dele ? de um animal fofo, a sa?de dele ? afetada com a gordura extra no corpo. Ele pode apresentar problemas articulares; insufici?ncia renal; insufici?ncia card?aca; dist?rbios de reprodu??o, principalmente, as f?meas, como o ac?mulo de gordura nos ov?rios; diabete; colesterol; entre outros.
Este ?ltimo caso, acontece pelo uso de cortic?ides. "Isso tem ficado muito comum, porque passa um creme com cortic?ide, por exemplo, e o bicho lambe. S? que o problema ? dif?cil de rastrear. Este ? um desafio para n?s aqui na cl?nica, rastrear e tratar. E tamb?m ? um tratamento caro".
A obesidade ? um problema s?rio e que, segundo Ricardo, 90% dos donos de animais que passam em seu consult?rio n?o se importam. "Nos EUA, a obesidade em animais j? ? uma epidemia. Aqui no Brasil, n?o demora muito", alerta.
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