Irm?os Especiais
? dif?cil um irm?o aceitar uma crian?a especial na fam?lia? Como ? o relacionamento entre eles? O que os pais devem saber...
Renata Cristina
*colabora??o
22/06/05
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Apaixonado por m?sica sertaneja, Rodiney divide seus discos com os irm?os
Marlan e Giovane e adora cantarolar alguns sucessos de Zez? di Camargo & Luciano, Daniel e
Chit?ozinho e Xoror?, seus cantores preferidos. Nos finais de semana, ? com
eles que Rodiney joga futebol e assiste ?s partidas na TV. "Adoro futebol e
sempre que d? vou ao campo para ver o pessoal do bairro jogar", diz. Com a irm? Josiane (foto acima), ele divide parte do seu dia-a-dia, como o caminho para a escola e a oficina de
marcenaria, outra de suas paix?es. Segundo ela, Rodiney ? o apazig?ador
das confus?es na fam?lia. "Ele n?o
gosta de barulho, de gente falando alto e de confus?o. Ent?o, sempre quando
acontece algo, ele acalma os ?nimos". Companheiro, e amigo, Rodiney ? considerado "uma b?n??o na fam?lia",
garante a irm?. O rapaz retribui o afeto e diz que um de seus passatempos
preferidos ? conversar com os irm?os. "Somos muito
amigos. Nunca brigamos", revela. Segundo B?rbara, o segredo para um relacionamento de sucesso est? na
aceita??o da diferen?a. "Sempre tratamos a Jordana normalmente. Inclusive,
ela ajuda a arrumar a casa, coisa que n?o gosta muito, mas faz". Palavra de M?e "Na minha casa, a conviv?ncia sempre foi muito boa. O ?nico homem da casa,
meu filho, se preocupa muito com as irm?s. Principalmente, desde quando
fiquei vi?va, ele ? o que faz o papel de companheiro, estando sempre
presente", ressalta. Segundo dona Tata, a inclus?o de Milton, desde a inf?ncia, permitiu que ele
se desenvolvesse mais rapidamente a partir da conviv?ncia com os irm?os. "Sempre
soubemos de suas limita?es, mas permit?amos a sua participa??o em tudo",
garante.
O que dizem os especialistas A psic?loga adverte os pais para a divis?o de aten??o entre os filhos. "H? uma
tend?ncia da fam?lia de se voltar para aquela crian?a especial, com isso, os
outros s?o deixados de lado. Essa crian?a n?o pode monopolizar o
cuidado. ? preciso estar atento a todos os membros da casa."
Ainda assim, ? importante que haja um acompanhamento psicol?gico de toda a
fam?lia, desde o nascimento da crian?a. Vera garante que o trabalho em
conjunto ? muito compensador: "a fam?lia ter? a
oportunidade de aprender a respeitar o outro, perceber as limita?es do ser
humano e levar tudo isso ao longo de suas vidas." Leia mais:
Renata Cristina ? estudante do 8? per?odo de comunica??o da
UFJF
A psic?loga, Vera L?cia Kemper, que faz um trabalho conjunto com crian?as, adolescentes portadores de necessidades especiais e suas fam?lias, acredita que o apoio dos irm?os ?
fundamental. "N?o s? o irm?o, mas toda a fam?lia deve acolher a crian?a. Se
ela tem um irm?o para brincar, para estimular, ela vai se desenvolver cada
vez mais."