Israel bombardeia universidade vinculada ao Hamas; prédios ficam destruídos
SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - O governo de Israel comunicou ter bombardeado uma universidade em Gaza na manhã desta quarta-feira (11). O local era usado como centro de treinamento para engenheiros do grupo extremista. Ataques israelenses atingiram mais de 280 alvos nesta madrugada.
As Forças de Israel declararam que aviões militares atingiram a Universidade Islâmica de Gaza. O governo afirma que o campus "serve como centro central de formação para engenheiros do Hamas, além de ser um importante centro de poder político e militar".
Durante a madrugada desta quarta-feira (11) -no Brasil, manhã em Israel- foram atingidos mais de 280 alvos na região da Faixa de Gaza pelas tropas de Israel.
Segundo informe da Força Aérea de Israel, a casa de parentes de Mohammad Deif, o comandante militar do Hamas, no bairro de Qizan an Najjar, em Khan Younis, foi bombardeada. Ele é chefe da ala militar do grupo extremista e mentor da incursão do grupo ao território nas primeiras horas deste sábado (7).
Meios de comunicação palestinos afirmam que os aviões acertaram a casa do pai de Deif, matando seu irmão, seu filho e a neta do irmão. Ainda não se sabe o número de parentes que estavam na casa em Khan Younis e ficaram presos nos escombros.
Também nesta madrugada, os militares da IDF dizem que os alvos foram atingidos em al-Furqan, batizada em homenagem a uma mesquita na região da cidade. A área foi rotulada como "ninho de terror" usado pelo Hamas para lançar ataques contra Israel.
Outros alvos bombardeados pelas Forças de Defesa de Israel, foram vários navios do Hamas nas docas de Khan Younis e da cidade de Gaza. Ao menos um mergulhador do Hamas, que tentava se infiltrar em Israel através do mar, foi executado.
O porta-voz das IDF, contra-almirante Daniel Hagari, disse que as forças israelenses mataram 18 homens do Hamas em território israelense. Só durante a noite, as tropas trocaram tiros perto de Zikim duas vezes; um tanque matou um extremistas perto da passagem de Erez; e as forças paraquedistas mataram dois membros do Hamas perto de Mefalsim, diz ele.
Pelo menos 30 pessoas foram mortas e centenas ficaram feridas quando Israel atingiu centenas de alvos na Faixa de Gaza durante essa noite, afirma um porta-voz do grupo Hamas.
Dezenas de edifícios residenciais, fábricas, mesquitas e lojas foram atingidos, disse à AFP o chefe do gabinete de comunicação social do governo, Salama Marouf.
A IDF afirma que dezenas de caças realizaram ataques contra os alvos, que incluem duas agências bancárias usadas pelo Hamas, um túnel subterrâneo, várias salas de guerra e outras instalações militares.
Equipamentos com "capacidades de detectar aeronaves israelenses" foram destruídos, de acordo com a Defesa de Israel. Segundo os militares, o Hamas tinha uma rede de câmeras, escondidas dentro de aquecedores solares de água em toda a Faixa de Gaza.
Foguetes lançados na Faixa de Gaza, na madrugada de hoje - no Brasil, manhã em Israel - atingiram pelo menos quatro edifícios na cidade de Sderot, no sul do país. O serviço de resgate disse que seus médicos estão tratando um homem de 40 anos que foi ferido por estilhaços de artefato.
"Não vamos parar; pelo contrário, caminhamos para um aumento dos ataques. A principal prioridade nos ataques é eliminar altos membros [do Hamas]", diz Hagari.
O número de mortos na guerra pode ter ultrapassado 3.500. Em Israel, os jornais relatam 1.200 mortos e 2.900 feridos. Já o ministério da saúde da Palestina informa 1.055 mortos e 4.500 feridos. Além disso, Israel diz ter encontrado 1.500 corpos de soldados do grupo extremista Hamas em território israelense.