PF discute criar escritório no Equador para monitorar onda de violência
SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - A PF (Polícia Federal) planeja criar um escritório no Equador para monitorar a onda de violência que atinge o país vizinho.
Assunto foi discutido nesta sexta (12) em reunião do diretor-geral, Andrei Passos Rodrigues, com a Ameripol. O encontro virtual também serviu para encaminhar propostas de intercâmbio de informações de inteligência, disponibilização de equipamentos, apoio na identificação dos presos do sistema penitenciário e oferecimento de cursos de descapitalização do crime organizado.
Proposta do Brasil e outros países da América do Sul serão levadas ao Equador neste sábado (13). A entrega será feita através da secretaria-executiva da Ameripol, órgão criado em 2007 para atuar como um organismo de cooperação policial internacional.
Reunião teve participação da ministra do Interior do Equador, Mónica Palencia. Também estavam presentes o diretor de cooperação internacional da PF e vice-presidente da Interpol para as Américas, Valdecy Urquiza, e representantes de 16 países da região.
EQUADOR VIVE ONDA DA VIOLÊNCIA
Equador está sob estado de conflito armado interno contra grupos criminosos. O decreto assinado no dia 9 pelo presidente do Equador, Daniel Noboa, mira 22 grupos facções internacionais chamadas de "terroristas" pelas autoridades do país.
A capital Quito teve três alertas para bomba somente nesta quinta (11). A Polícia Nacional realizou uma explosão controlada em um dos casos.
No país, o número de agentes penitenciários sequestrados subiu para 178. Outros 39 funcionários foram detidos, segundo relatório oficial divulgado nesta sexta. O órgão que administra os presídios do Equador disse que 158 guias penitenciários e 20 funcionários administrativos estão detidos dentro dos centros penitenciários.