Inovando em um mercado altamente competitivo
O crescimento do país no 1º trimestre foi de 1,3% mas as famílias reduziram o consumo devido à inflação. As medidas tomadas pelo Banco Central afetaram importantes setores da economia como os fabricantes de veículos, o siderúrgico, o emprego e os rendimentos. Os empresários se preparam para enfrentar uma economia mais desaquecida. As exportações têm queda de 3,2% com a alta do real que causa a falsa impressão de prosperidade. O que fazer em um momento como este?
A história corporativa está recheada de erros célebres que se transformaram em grandes inovações. Tudo depende da capacidade da empresa de aproveitá-los. Entretanto, são poucas as empresas que realmente praticam o discurso da tolerância ao erro. E é natural que isso ocorra. Executivos são treinados desde cedo para combater o erro e não para incentivá-lo. Seus bônus aumentam à medida que eles se aproximam da perfeição. A inovação eficaz exige o equilíbrio entre as conexões externas e as influências internas.
A inovação pode ser vista de várias formas, ou esquecemos que foram inventadas as máquinas a vapor, o computador, a Xerox, o telefone celular, o raio laser etc. e muitas outras coisas que surgiram pela necessidade do ser humano. Produtos inovadores proporcionam vantagem no mercado, pois cada produto que lançamos é novo e revolucionário. Podemos definir que a inovação em marketing é a introdução de mudanças na forma de produzir, manipular produtos ou de oferecer serviços ao cliente, logo, a inovação é, como muito bem ressalta o Prof. Francisco Gracioso – "a essência de marketing". O que muda é a frequência e a rapidez com que as inovações acontecem necessitando atender as necessidades dos clientes. São as que sabem aonde chegar e o que deve ser feito para chegar lá. A identificação do problema, criar soluções mais eficientes e eficazes exige do empresário muita sensibilidade. Uma coisa é certa: as oportunidades estão no mercado.
Inovar é também servir, ou seja, adequar o composto mercadológico de nossa empresa. A solução do problema que desejamos resolver é que muitas vezes nos dará a diferenciação competitiva.
A inovação se alimenta da mudança para criar valor – essencial para garantir a competitividade e a sobrevivência da empresa - gerando vantagens competitivas.
A inovação pode ser classificada em duas categorias:
1 – Inovação incremental que é a de pequeno porte ou de melhoria contínua nos produtos e serviços;
2 – Inovação radical é a de grande porte, amplas de forma abrupta ou descontínua e tem mais força do que a incremental, sustentando a vantagem competitiva por mais tempo e gerando mais recursos para a empresa.
Inovação é a conversão da ideia em negócio.
Empresário/Executivo: "Em um mundo tão mutante quanto imprevisível, só ganha o jogo quem estiver disposto a reescrever periodicamente as regras de sua empresa e de seu setor" - Gary Hamel
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Roberto Monti é consultor de Marketing. Co-autor do livro (IN)Fidelidade, Uma Questão de Qualidade Clientes Sonham, Empresas Concretizam.
Editora Virgo - São Paulo, 09/2000.
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