Incertezas do mercado demandam revisão do planejamento para 2012

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Roberto Monti 5/12/2011

E o planejamento para 2012 como vai?

Manchetes dos principais jornais do país nos últimos dias: "Redução de IPI e IOF ainda não atraem consumidor - Agronegócio e classe C levam interior de São Paulo a liderar consumo no país - Indústria pode ter contribuição nula ou negativa no PIB do 3º trimestre - Mesmo com corte na Selic, Brasil continua na liderança do juro - É viável que PIB do país cresça 4% em 2012, afirma presidente do BNDES - Brasil será 4ª economia do mundo em 2025 - Crise na Europa afetará economia africana, diz diretor da OMC - Diretora do FMI diz que Brasil é país mais protegido contra crise - Comércio sofre com estoque baixo a três semanas do Natal"...

Após ler estas notícias é necessário rever o planejamento para o próximo ano que sofre com o surgimento de novos fatos e a crise no mercado europeu, ocasionando incertezas no mercado.

Seja qual for o seu porte, as empresas brasileiras enfrentam os problemas da globalização, falta de infraestrutura e de investimentos do setor público e milhares de mensagens, bombardeando a mente do consumidor. Uma das formas da empresa alcançar a competitividade é conseguir maiores receitas, outra é a liderança em custos, ou seja, gerar lucros. Estas ações somente terão efeito se suportadas por outras atividades, que são: a logística interna, produção, logística externa, marketing, vendas e serviço ao cliente com o aproveitamento das atividades de apoio que são a infraestrutura interna, a gestão de pessoas, recursos de tecnologia e métodos de compra.

"As regras do varejo estão mudando drasticamente. Com o desenvolvimento de novas tecnologias para comunicação bidirecional, os consumidores podem obter informações sobre os varejistas e seus produtos muito mais facilmente do que antes. Armados com o conhecimento adquirido das mais variadas fontes, eles estão gastando seu dinheiro em produtos e serviços que realmente trazem valor, e esses consumidores também definem como querem interagir com o varejista" — esta afirmação é do Institute for Business Value da IBM que pesquisou mais de 30.000 pessoas em seis países, incluindo o Brasil, para entender o que os consumidores esperam do varejista no futuro.

Planejar significa definir objetivos ou metas para o desempenho da organização no futuro e decidir sobre as tarefas, as ações e o uso dos recursos necessários para a sua realização. Podemos considerar os seguintes aspectos fundamentais do planejamento:

a) Para onde a empresa quer ir = estabeleça objetivos ou metas;

b) Como chegar lá = defina cursos de ação;

c) Determinar as necessidades de recursos = recursos humanos, materiais, financeiros, de produção etc;

d) Como medir = estabeleça pontos de controle (essenciais para o acompanhamento dos resultados).

Como fazer para conhecer melhor seus concorrentes prevendo e antecipando seus passos, como forma de planejar estrategicamente, conquistando maior fatia de mercado?

Uma coisa é certa: as oportunidades estão no mercado. Inovar é também servir, ou seja, adequar o composto mercadológico de nossa empresa. A solução do problema que desejamos resolver é que muitas vezes nos dará a diferenciação competitiva. Ao analisarmos as necessidades de um planejamento estratégico é essencial levar em conta as informações sócio-econômicas de seu público-alvo para adequar o seu planejamento dentro destas necessidades.

Executivo/Empresário: analise seu planejamento para 2012 e veja o que deve ser mudado para enfrentar e superar as mudanças do mercado.

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Roberto Monti é consultor de Marketing. Co-autor do livro (IN)Fidelidade, Uma Questão de Qualidade Clientes Sonham, Empresas Concretizam. Editora Virgo - São Paulo, 09/2000.