Malharias apostam em aumento de 10% na venda de uniformes
Malharias apostam em aumento de 10% na venda de uniformes, em comparação a 2011Apesar de a procura já ter começado, lojistas afirmam que o movimento deve aumentar a partir da segunda quinzena de janeiro
Repórter
9/1/2012
Malharias especializadas em uniformes escolares de Juiz de Fora apostam em aumento nas vendas de 10% em comparação ao ano passado. Segundo o gerente de uma loja no Centro de Juiz de Fora, Ivan Lima, a expectativa é de acréscimo de 10% no faturamento. "Na situação econômica que o país se encontra, avalio que o aquecimento é significativo", diz.
O crescimento também é esperado pela proprietária de outra loja, na avenida dos Andradas, Alaíde dos Santos. "Este ano esperamos aumento de 10% nas vendas dos uniformes, comparando-se ao mesmo período do ano passado."
Segundo Lima, a procura começou no fim do ano passado, mas a partir da segunda quinzena de janeiro, deve ser maior. "Os pais mais organizados compram antes, mas a maioria deixa para a última hora." Ainda segundo o gerente, como duas escolas da cidade atendidas pela loja mudaram o uniforme, os pais terão que comprar as roupas novas para o início do ano letivo, fator que sustenta a expectativa do gerente.
Quem também está com o estoque cheio é o comerciante André Miranda. "A procura ainda está pequena, mas na segunda quinzena deste mês aumenta", aposta. Segundo Miranda, para atrair os consumidores no fim de dezembro ele fez uma promoção.
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Aumento no preço
De acordo com Lima, a malha e o custo operacional na confecção dos uniformes ficaram mais caras, então o produto final chega ao bolso dos consumidores 5% mais caro do que no ano passado. "A linha de inverno, no meio do ano, também vai aumentar, mas ainda não sabemos quanto." Com isso, a blusa custa R$ 29; a camiseta R$ 26, a bermuda R$ 41, a calça R$ 50 e o casaco R$ 74. A família que tem um filho deve gastar em média R$ 209 no preço à vista e R$ 220, parcelado no cartão de crédito, comprando uma peça de cada. "O mais comum é comprar duas camisas, e uma peça de cada das outras vestimentas."
Sobre as vendas, Miranda destaca que, para sua confecção, o preço da malha não teve diferença, mas o empresário está encontrando dificuldade na contração de costureiras, o que eleva o custo do produto final, apesar de ele ter preferido não aumentar o valor do uniforme. Segundo Miranda, nesta época, quem procura os uniformes são alunos que estão entrando nas escolas e os que estão mudando de série. "Boa parte das famílias opta em aproveitar o uniforme do ano anterior." Para garantir a clientela, Alaíde preferiu reajustar os uniformes em 1%. "Prefiro manter os clientes do que perder para a concorrência."
Com esse reajuste, os pais sofrem. É o que diz a professora Maria Salles. "Eu tenho duas filhas no ensino médio e todo ano preciso aproveitar as peças do uniforme. Este ano não teve jeito, então terei que renovar as roupas." A professora comprou quatro camisas e duas bermudas para as filhas. As calças e o casaco, ela pretende comprar no mês de maio. "Como no início do ano a gente paga muitos impostos, vou esperar um pouco para comprar as outras partes."