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Fui pai adolescente Depois do "susto" , F?bio s? tem uma coisa a declarar - ele
e a fam?lia s?o s? felicidade depois que Mateus nasceu

Depoimento de F?bio Giuliano
julho/2007

Jussara e eu n?o planejamos a gravidez. A gente namorava, foi passar as f?rias na praia e quando voltamos, ela estava esperando um beb?. A not?cia foi um baque, ?ramos muito jovens, n?o sab?amos o que fazer. E al?m do mais, quando ela de fato confirmou a gravidez, t?nhamos terminado o namoro.

O Mateus nasceu de sete meses, pesando apenas 1.400 kg. Ele teve de passar 40 dias na UTI. Quando via ele miudinho daquele jeito, o cora??o apertava, n?o sei nem explicar o que senti. S? sei que, naquele momento, percebi o que era o sentimento de um pai.

Fiquei desesperado, apesar de todas as dificuldades que tinha, n?o queria perder meu filho. Nessa ?poca, a Jussara e eu nos reaproximamos muito, d?vamos for?a um para o outro e, felizmente, o Mateus se recuperou bem. Quando saiu do hospital, fomos os tr?s, juntos, morar na casa da m?e dela.

Foi um per?odo gostoso das nossas vidas, mas pra mim estava pesado. Eu trabalhava em um lado da cidade e morava no outro. Comecei a ficar extremamente cansado com essa situa??o e, como conseq??ncia, estressado e nervoso. Para facilitar, resolvemos morar com meus pais, cujo apartamento era bem mais perto do meu trabalho.

S? que a Jussara tinha um problema s?rio de asma e, a partir de ent?o, minha m?e come?ou a nos auxiliar na cria??o do Mateus.

Quando o nosso relacionamento acabou e nos separamos, minha fam?lia j? estava muito envolvida com o Mateus e, como a Jussara tinha uma vida complicada, ele ficou morando com a gente. Aqui em casa, todo mundo ? louco por ele.

A maioria das pessoas, quando s?o pais e m?es jovens, ficam com medo, acha que o filho vai prejudicar. Eu n?o senti isso. Claro que a rotina muda. ?s vezes o caminho que a gente tem de percorrer para alcan?ar um objetivo se torna mais longo, mas isso n?o significa que o filho atrapalhe. Hoje, com o Mateus, posso dizer que sou uma pessoa muito mais feliz. E percebo isso na minha fam?lia tamb?m ? todos em casa s?o mais felizes.

Ele est? com seis anos e eu, com 24. A gente se curte pacas, ele convive com meus amigos e, ?s vezes, quando chega o fim de semana, ? at? engra?ado, ? ele quem pede para visitar algum amigo meu.

Somos ?companheir?es?. Eu toco numa banda, e o pessoal vive aqui em casa. Acho ?timo, pois o Mateus j? est? tendo contato com m?sica desde cedo. Como pai, fico inseguro, de vez em quando sinto medo de estar tirando a inf?ncia dele, mas me consolo com o fato que tem muitos primos e convive com eles. Meu filho ? tudo pra mim.


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