Los P?pes ganha Juiz de Fora
Los P?pes ganha Juiz de Fora Com um ano de forma??o, a banda tem o pop rock como influ?ncia, mas incrementa para agradar cada vez mais gente
Rep?rter
27/05/2008
Das aulas do curso de Farm?cia para os bares de Juiz de Fora. A banda Los P?pes est? h? pouco mais de um ano percorrendo a cidade e o diferencial ? a mistura de estilos de cada um dos integrantes.
O vocalista Tiago Baesso curte m?sica nacional e tem um gosto especial pelo pop rock. Rodrigo Prota, viol?o e guitarra, prefere o rock internacional e Ed Esteves, percuss?o, faz o estilo forrozeiro e curte m?sica nordestina.
Mas, ao contr?rio do que se pensa, essa mistura n?o atrapalha o trabalho da Los P?pes.
Eles aproveitam esses detalhes para incrementar o trabalho. "A gente n?o
faz s? cover. N?s colocamos nosso arranjo. ?s vezes, estamos tocando o pop rock e o Ed entra com o tri?ngulo dele"
, diz Tiago.
Esse ? o segredo para conquistar cada vez mais adeptos ? banda e, tamb?m, ? a forma que eles
encontraram para se agradar. "Um se adequa ao estilo do outro e, assim, unimos as
tr?s concep?es para agradar o p?blico"
, revela Rodrigo.
"Ele carregava meus equipamentos,
e dava uma palinha de vez em quando"
, lembra o vocalista.
Em abril de 2007, um ano depois, os dois decidiram tocar juntos. Nessa ?poca, ainda n?o eram conhecidos como Los P?pes. Eles se apresentavam como Tiago e Rodrigo. "As pessoas achavam que era uma dupla sertaneja, at? que decidimos colocar Los P?pes como um nome provis?rio"
.
Ap?s quatro meses, eles perceberam que precisavam de um percussionista. Optaram por Ed, que tamb?m cursava Farm?cia e fazia est?gio na empresa em que Rodrigo trabalha. "Ele ? multiinstrumentista e o convidamos". A banda surgiu da vontade de tocar para os outros. "Corremos atr?s por prazer"
, ressalta Tiago.
O nome n?o ? mais provis?rio e a maior conquista da banda foi a independ?ncia, que n?o existia enquanto eles usavam instrumentos emprestados. A corrida para alcan?ar a independ?ncia come?ou com a compra dos equipamentos e terminou quando conseguiram pagar as parcelas. "Compramos tudo financiado. T?nhamos uma d?vida de mais de R$ 2 mil e pagamos tudo em tr?s meses com os shows que fizemos"
, lembra Rodrigo. O incentivo veio da turma da faculdade que abria espa?o para os shows da banda nas festas.
Mas o fato de tudo ter acontecido muito r?pido n?o afastou as dificuldades. Ali?s, eles dizem que a vida de m?sico de bar n?o ? nada f?cil. "Quem canta em bar, tem que ter muito prazer nisso mesmo. Houve noite em que tocamos e recebemos R$ 5 para dividir entre n?s tr?s"
.
Trabalhar por couvert foi a forma encontrada por eles para conseguir ganhar espa?o nos bares da cidade. Assim, o dono do bar n?o precisa tirar dinheiro do bolso para pagar o show. Quem assiste, paga . "Quem quer dar valor ao nosso trabalho, paga o couvert"
.
Outra dificuldade apontada ? a falta de abertura dos bares da cidade. Segundo eles, a maioria dos propriet?rios n?o d? oportunidade. "E olha que n?o escolhemos os bares. Tocamos em todos os tipos e j? passamos por aqueles em que o
couvert vai de R$ 1 a R$ 5"
, diz Tiago.
Agora, eles t?m recebido propostas de alguns bares e tamb?m est?o sendo contratados para algumas festas fechadas. "Estamos em um per?odo mais leve, porque vamos formar e temos monografia. Mas, mesmo assim, estamos fazendo cerca de seis shows por m?s"
, comemora ele. Vontade de se dedicar totalmente ? m?sica n?o falta. Por?m, falta a seguran?a do mercado. "A m?sica ? um caminho muito incerto"
, completa o vocalista.
"Ficamos t?o perto do p?blico que, ?s vezes, temos que pedir licen?a para podermos afinar um instrumento"
, conta Tiago.
As lembran?as est?o guardadas em uma caixa. S?o peda?os de papel e guardanapos com as m?sicas pedidas pelas pessoas. "Vai desde nome de m?sica a n?mero de telefone"
, comenta ele.
A recompensa tamb?m vem quando os elogios aparecem e quando eles percebem que o p?blico est? animado. "J? colocamos as pessoas de um bar para dan?ar forr?. Por v?rias vezes a cerveja do bar acabava, pois ningu?m ia embora e a gente continuava tocando"
, lembra. As f?s tamb?m d?o o ar da gra?a. "Elas dizem que s?o as pepetes ou las meninas"
.
As m?es tamb?m s?o um p?blico cativo, apesar de eles n?o gostarem muito da presen?a delas. Tiago diz que tem vergonha quando sua m?e vai ao show. Ela tenta ser mais discreta e se conter, mas n?o consegue. "Como sabe que tenho vergonha, ela chega e se senta de costas para o palco. Com o tempo, ela vai virando e, no fim, j? est? aplaudindo"
.
"Eu termino de escrever e mostro para o Rodrigo, que estudou mais m?sica do que eu. E a gente vai colocando um solo e uma introdu??o"
.
O lado positivo de todo o trabalho ? a fideliza??o do p?blico que eles j? podem a perceber. "A galera j? est? come?ando a nos acompanhar, a voltar na semana seguinte. Sem contar que sempre tem gente nova"
, diz Rodrigo, o guitarrista.
At? quem entrou no bar para reclamar do barulho acabou ficando. "Costuma acontecer de a vizinhan?a ir ao bar reclamar do barulho e quando chegam, se sentam para tomar uma cerveja e ficar curtindo nosso som"
, completa o guitarrista. Para eles, receber elogios ? melhor do que qualquer dinheiro. "Mesmo com a competi??o no mercado, estamos fazendo por divers?o e est? dando certo"
.