Prefeitura de São Paulo recomenda uso de máscara no combate à varíola dos macacos

Por Folhapress

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A Prefeitura de São Paulo divulgou nesta quarta-feira (24) um protocolo sanitário com recomendações para prevenção e controle da varíola dos macacos em estabelecimentos como restaurantes, supermercados, academias e hotéis. Entre as medidas está o uso de máscaras, como ocorreu com a pandemia de Covid.

A capital tem 1.912 casos da doença, 32 a mais do que o total divulgado na última terça (23), e é uma das duas localidades do país com registro de casos em bebês.

As diretrizes da administração municipal, definidas após reunião do comitê técnico operacional para o enfrentamento da doença, incluem higienização frequente de superfícies, disponibilização de recipientes abastecidos com álcool em gel 70% ou de pias com água e sabão para lavagem das mãos.

A Secretaria Municipal da Saúde recomenda ainda à população evitar contato íntimo, como beijar, abraçar ou manter relações sexuais com pessoas que tenham erupções cutâneas ou que tenha tido diagnóstico confirmado para doença; não compartilhar roupas de cama, toalhas, talheres, copos, brinquedos e objetos de uso pessoal; usar máscara (cobrindo boca e nariz) para proteção contra gotículas e saliva; e higienizar frequentemente as mãos com água e sabão ou álcool em gel.

Além disso, o comitê está em tratativas com a Secretaria Municipal da Educação e com o governo do estado para determinar os protocolos sanitários a serem seguidos pelas escolas. De forma geral, a orientação é que os pais não encaminhem os filhos às salas de aula caso as crianças apresentem qualquer sinal da doença.

A enfermidade é disseminada principalmente ao tocar as lesões na pele que os pacientes apresentam. Outra forma de infecção é por gotículas respiratórias, como tosses e espirros. Nesse caso, é necessário contato muito próximo e prolongado com a pessoa infectada.

Os sintomas da doença incluem início súbito de lesão (uma ou mais) em qualquer parte do corpo, dor de cabeça, febre ou calafrio, dores musculares, cansaço, caroços no pescoço, axila ou virilha. A orientação em caso de suspeita é procurar imediatamente a unidade de saúde mais próxima para orientação e diagnóstico.

A principal forma de prevenção é o isolamento de pacientes com a doença. A vacinação em grupos prioritários e em pessoas que tiveram contato recente com os doentes também é uma medida importante, mas ainda não há imunizante registrado para uso no país.

Na última terça-feira (23), a Anvisa (Agencia Nacional de Vigilância Sanitária) recebeu pedido do Ministério da Saúde para a liberação da vacina Jynneos, do fabricante Bavarian Nordic, que já foi avaliada por autoridades reguladoras estrangeiras.

"Nessa análise a Anvisa confirmará se as características essenciais da vacina são as mesmas aprovadas pela AREE [autoridades reguladoras estrangeiras], tais como: fabricante, concentração, forma farmacêutica, indicações, contraindicações, posologia, população alvo, via de administração e modo de uso, entre outras informações", disse a agência, em nota. O parecer deverá ser divulgado em até sete dias úteis.