Capes volta a pagar bolsas de pós-graduação

Por SAMUEL FERNANDES

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O pagamento de bolsas da pós-graduação já foi realizado pela Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior). Os repasses estavam congelados por conta de um contingenciamento no orçamento do MEC (Ministério da Educação), pasta a qual o órgão está vinculado.

A informação foi divulgada pela ANPG (Associação Nacional de Pós-Graduandos) nesta sexta (9) e confirmada à reportagem pela Capes.

Mesmo com os pagamentos finalizados, os bolsistas ainda não têm acesso ao valor. A expectativa é que correntistas do Banco do Brasil contarão com os valores na próxima segunda-feira (12). Para aqueles com contas em outros bancos, a bolsa deve estar disponível na terça (13).

O pagamento de mais de 200 mil bolsas de pós-graduação da Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior) está paralisado devido ao congelamento de verba do MEC (Ministério da Educação) aprovado há uma semana pelo Ministério da Economia.

Segundo nota do órgão, responsável pelo fomento, regulação e avaliação da pós-graduação brasileira, a autorização para desembolsos financeiros durante o mês de dezembro foi zerada, o que retirou a "capacidade de desembolso de todo e qualquer valor ?ainda que previamente empenhado e liquidado".

O congelamento impactou milhares de pesquisadores brasileiros. Universidades também sofreram por não ter recursos para arcar com despesas como bolsas de assistência estudantil. A situação fez com que atos ocorressem em diversas cidades brasileiras em protesto contra a situação.

Nesta quinta (9), o ministro da Educação, Victor Godoy, divulgou que a pasta conseguiu a liberação de R$ 460 milhões para o pagamento de despesas da educação, incluindo R$ 160 milhões utilizados para o pagamento das bolsas da Capes.

A coordenação também conseguiu um orçamento de R$ 50 milhões para arcar com bolsas dos programas de formação de professores da educação básica.

Além disso, R$ 300 milhões foram destinados para outros gastos do MEC. Dirigentes de universidades, por exemplo, já indicam que receberam repasses para custear com as bolsas de assistência estudantil para alunos vulneráveis.