Moradora faz homem a devolver portão furtado em MG
SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - Uma mulher forçou um homem a devolver um portão furtado de um lote vizinho na noite de terça-feira (3), no Centro de Varginha (MG). A assistente administrativa e estudante de enfermagem Juliana Cristina, 40, seguiu de carro o homem, que caminhava a pé com o objeto nas costas, para questioná-lo sobre o furto. Ela gravou um vídeo para contar a história aos amigos e as imagens acabaram ganhando destaque nas redes sociais.
"O malandro veio roubar na aqui na rua de casa; fiz ele trazer de volta porque aqui tem mulher nessa rua. Esse vagabundo 'tá beirando nós aqui' direto. Vai botar o portão lá no lugar", diz ela enquanto dirigia.
À reportagem, Juliana contou que foi alertada pela mãe sobre o crime. "Eu tinha acabado de chegar do trabalho e estava tomando café. Então, minha mãe disse que tinha uma pessoa no lote da vizinha, disse achar que essa pessoa estava furtando o portão. Em seguida, ela foi lá ver e falou que viu ele saindo com o portão nas costas".
Juliana explica que o portão estava à venda e é importante também para ela e a família, já que inibe a entrada de pedestres, trazendo mais segurança para a lateral da casa dela. "Eu falei para a minha mãe: 'Deixa ele andar que eu vou fazer ele trazer de volta'." Imagens de uma câmera de segurança flagraram o momento em que ela inicia a "perseguição".
Após alcançar o homem, Juliana travou uma discussão com ele. "Quando eu vi que ele estava distante, eu fui lá e abordei, falando que era para ele devolver. Ele ficou bravo, disse que não iria. Foi resistente. Então eu disse que iria acionar a Polícia Militar e que ficaria atrás dele. Ele resmungou e acabou cedendo, levando o portão de volta para o lote. Depois, ele ainda tentou argumentar comigo, mas eu disse que não queria conversa."
A assistente administrativa disse que chegou a acionar a Polícia Militar, mas que toda a situação ocorreu tão rápido que, quando os agentes chegaram, o portão já havia sido devolvido. Ela diz que, por isso, não registrou boletim de ocorrência.
"Eu não fiquei com medo. Eu tava muito furiosa. Fiquei muito brava. Depois que eu fui parar para pensar sobre", conta ela.
Juliana diz que o bairro é geralmente bastante tranquilo e que foi a primeira vez que ela se viu em uma situação parecida.
Depois do ocorrido, nem ela e nem os vizinhos viram o homem novamente.