Enviado de Biden faz tour em Brasília antes de compromissos oficiais

Por NATHALIA GARCIA

BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - O enviado especial para o clima do governo dos Estados Unidos, John Kerry, desembarcou em Brasília na madrugada deste domingo (26) e fez um tour em monumentos culturais e turísticos da capital federal antes de compromissos oficiais com autoridades brasileiras.

Kerry visitou, entre outros pontos, a Catedral Metropolitana Nossa Senhora Aparecida, projetada pelo arquiteto Oscar Niemeyer, no período da manhã. À tarde, ele esteve em um clube de esportes náuticos, onde tomou sol à beira do Lago Paranoá.

Nos próximos dias, estão previstas reuniões com funcionários do alto escalão do governo brasileiro, representantes do Congresso e líderes da sociedade civil. Questões climáticas e combate ao desmatamento serão os principais assuntos tratados nos encontros. O enviado de Biden fica no Brasil até terça-feira (28) e segue para o Panamá.

Na segunda (27), às 11h, Kerry terá uma reunião com o vice-presidente Geraldo Alckmin e com a ministra Marina Silva (Meio Ambiente e Mudança do Clima). A ministra substituta do Ministério das Relações Exteriores, Maria Laura da Rocha, também participa da agenda.

Na sequência, está previsto um encontro ampliado com outros membros do governo. A partir das 13h, haverá um almoço no Palácio do Itamaraty em homenagem ao representante americano. À noite, Marina Silva também participa de um jantar na embaixada dos Estados Unidos por ocasião da visita de Kerry.

A passagem do enviado de Biden pelo Brasil também inclui reuniões com a ministra Sonia Guajajara (Povos Indígenas) e com o presidente do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), Aloizio Mercadante.

Antes da viagem, a embaixada dos EUA informou que Kerry "vai dar continuidade ao grupo de trabalho de mudanças climáticas Brasil-EUA, que os presidentes Biden e Lula relançaram durante a reunião de 10 de fevereiro" em Washington.

Segundo a missão diplomática, serão discutidas "oportunidades para o Brasil e os EUA colaborarem no combate à crise climática, coibindo e revertendo o desmatamento, avançando na transição para a energia limpa e construindo uma bioeconomia forte".

Um dos focos da visita deve ser o Fundo Amazônia, que atua com pagamentos baseados em resultados de conservação da floresta amazônica.

A gestão do fundo é feita pelo BNDES junto a dois comitês: um técnico, que certifica dados e cálculos de emissões, e outro orientador, com membros da sociedade civil, que define critérios para aplicação de recursos.