Elize Matsunaga é levada para delegacia por uso de documento falso

Por Folhapress

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A Polícia Civil de Sorocaba, no interior de São Paulo, indiciou a motorista de aplicativo Elize Matsunaga por uso de documento falso.

Elize está em liberdade desde maio do ano passado, após cumprir pena de 10 anos por matar e esquartejar o marido, o empresário Marcos Matsunaga, em maio de 2012. Atualmente, ela mora em Franca (400 km de São Paulo).

Segundo a SSP (Secretaria de Segurança Pública), policiais civis participavam de uma operação contra a falsificação de documentos. Durante as ações, os agentes identificaram uma pessoa que estava utilizando antecedentes criminais falsificados.

Não foi informado se o documento estava em nome de Elize ou de outra pessoa. Segundo a pasta, uma perícia comprovou a irregularidade.

A reportagem ligou e enviou mensagem para o advogado de Elize, mas não obteve retorno até a publicação da reportagem.

Um inquérito foi aberto para investigar a falsificação.

Na segunda-feira (27), Elize foi encaminhada para uma delegacia para prestar depoimento. Ela estava acompanhada por um advogado.

Um mandado de busca e apreensão foi expedido pela Justiça. Policiais apreenderam um notebook e um celular.

A condução para a delegacia foi mencionada pelo secretário de Segurança de SP, Guilherme Derrite, em sua conta no Twitter.

"Infelizmente a reincidência criminal é uma das realidades com as quais nossas polícias se deparam. Ela havia sido solta na progressão de pena que se demonstra um entrave para a segurança pública", escreveu Derrite.

A decisão de soltar Elize foi tomada pelo Departamento Estadual de Execução Criminal da 9ª Região Administrativa Judiciária. Ela estava presa em Tremembé, no Vale do Paraíba.

"Vejo como uma etapa correta do cumprimento da pena. É o próximo passo de quem está cumprindo com todas as obrigações impostas pelo estado. Isso faz parte do sistema de aplicação da pena", disse, à época, o advogado Luciano de Freitas Santoro, que representa Elize.

Elize foi condenada em 2016 pelos crimes de homicídio qualificado e ocultação de cadáver. A pena chegava a quase 19 anos de prisão. Em maio de 2019, ela obteve na Justiça a redução de sua pena em dois anos e seis meses.

Também em 2019 ela passou para o regime semiaberto.