São Paulo e litoral norte terão chuva até o fim de semana
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A chuva que caiu no começo da tarde desta terça (7) deve se repetir ao longo dos dias em São Paulo até o fim de semana. O tempo quente e abafado, com máximas na casa dos 29°C, completa o tempo típico de verão.
A chuva chega ao fim de semana, mas as temperaturas baixam na capital e podem chegar aos 24°C no domingo, segundo o Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia).
No litoral norte, o tempo quente e as pancadas de chuva também vão se repetir, mas não há previsão de um evento similar ao do Carnaval, quando houve precipitação recorde e deslizamentos. Não é possível, no entanto, excluir a possibilidade de chuvas localizadas que podem passar dos 70 mm.
Segundo o CGE (Centro de Gerenciamento de Emergências Climáticas da Prefeitura de São Paulo), o tempo instável segue nas próximas horas com possibilidade de rajadas de vento e granizo na capital.
Os dias típicos de verão em São Paulo contam com o efeito de um sistema de baixa pressão, o cavado meteorológico, que concentra umidade no continente.
"Os cavados meteorológicos ficam mais próximos da região Sul, mas geram instabilidades, calor e umidade, e o verão vai até 20 de março. Até lá, muita chuva", afirma Andrea Ramos, meteorologista do Inmet.
Esse efeito também está próximo das cidades do litoral norte, que têm convivido em alerta com as pancadas de chuva que deixaram deixou 65 mortos e mil desabrigados, a maior parte deles em São Sebastião.
Para Franco Villela, também do Inmet, os sistemas que atuam na região do litoral norte não se parecem em nada com o que provocou a chuva entre 18 e 19 de fevereiro.
"Continuamos com pancadas de chuva e trovoadas no período da tarde. Em alguns pontos pode haver concentração", diz o meteorologista.
Ele diz que não se pode excluir a possibilidade de uma chuva que passe dos 70 mm na região. Já o calor fica próximo dos 30°C durante a semana, e a nebulosidade baixa a temperatura para até 28ºC.
A possibilidade de chuva mais forte é para esta terça, até o fim do dia, diz Franco, mas sem previsão de volume atípico.
"Não temos, por exemplo, ventos que vinham de mil quilômetros de distância, carregando umidade do oceano", ele diz, em referência à concentração de umidade do Carnaval.