Duas mulheres morrem por causa do vento forte em São Paulo
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Duas mulheres morreram em São Paulo nesta nesta quinta-feira (13) por causa dos fortes ventos provocados pela formação de um ciclone no Sul do país.
Segundo a Defesa Civil estadual, uma das vítimas é uma idosa de 80 anos, de Itanhaém, no litoral. Ela morreu após levar um choque elétrico causado pela queda de um galho sobre uma fiação de média tensão.
Na delegacia, a filha da vítima afirmou à polícia que a mãe estava na casa da vizinha, na rua Bartira, quando o vento derrubou um galho de árvore e, em seguida, um fio de alta tensão caiu e atingiu a mulher.
Em nota, a Secretaria da Segurança Pública disse que a perícia foi acionada ao local. O caso foi registrado como morte acidental no 2°DP de Itanhaém.
A outra vítima dos ventos desta quinta é uma mulher de 24 anos que estava em um carro de autoescola atingido pela queda de uma árvore em São José dos Campos, no Vale do Paraíba.
A mulher foi reanimada, socorrida pelo Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) e levada para o Hospital Municipal Dr. José de Carvalho Florence, em São José dos Campos, mas não resistiu. Sua morte foi confirmada no fim da tarde pela Defesa Civil.
Até as 18h, o Corpo de Bombeiros recebeu 150 chamados para queda de árvores na capital e região metropolitana de São Paulo, 120 na Baixada Santista e litoral sul, 11 no litoral norte e 11 em São José dos Campos.
As maiores rajadas de vento foram registradas em São Miguel Arcanjo (81 km/h) e Barueri (74 Km/h).
Na cidade de São Paulo, o CGE (Centro de Gerenciamento de Emergência), da prefeitura, afirmou que a rajada mais intensa na cidade, de 72,2 km/h, foi registrada às 12h, no aeroporto de Congonhas, zona sul.
Por causa do vento forte, quatro aviões não conseguiram pousar e tiveram de arremeter, segundo a Infraero, estatal que administra Congonhas.
Pouco antes, às 10h, houve o registro de 70 km/h na estação meteorológica de Santana, na zona norte.
No bairro Cidade Monções, na zona sul, placas de revestimento do alto de um prédio caíram na manhã desta quinta. Agentes da CET (Companhia de Engenharia e Tráfego) precisaram interditar as ruas Sansão Alves dos Santos e Carlos Borges. Não houve vítimas.
Também na cidade de São Paulo, a Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente disse que foram registradas queda de galhos e árvores em nove parques urbanos: Severo Gomes, Nabuco, Nascentes do Ribeirão Colônia, Laguinho, Zilda Natel, Vila Sílvia, Linear Tiquatira, Santo Dias e Carmo. Nenhum deles foi fechado ao público.
A Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística afirmou que não houve ocorrências em parques estaduais, mas bloqueou temporariamente ao público áreas avaliadas com maior risco como trilhas, bosques e caminhos com árvores de grande porte.
O Instituto Butantan fechou até esta sexta o acesso ao Parque da Ciência, na zona oeste, por causa dos riscos de quedas de galhos e árvores.
O sistema de balsas para travessia entre Guarujá e Bertioga precisou ser interrompido pela manhã por causa da agitação do mar, mas voltou a operar à tarde.
Em nota, a Defesa Civil estadual diz que a partir do início da noite a tendência é que a velocidade das rajadas de vento diminuam em São Paulo. Entretanto, alerta para o avenço de uma frente fria que deve derrubar as temperaturas, na madrugada desta quinta para sexta.
Na cidade de São Paulo, a temperatura mínima deverá cair para 9º, com sensação térmica de até 4ºC, no fim da madrugada ou início da manhã desta sexta. Não há previsão de chuva, pelo menos até domingo (16).
"A presença de um centro de alta pressão, localizado no norte da Argentina, direciona a entrada de uma massa de ar fria sobre a região, derrubando as temperaturas e garantindo assim a sensação de frio intenso nas primeiras horas desta sexta-feira", disse a Defesa Civil.