Dino promete ampliar intervenção federal no Rio de Janeiro

Por LUIS EDUARDO DE SOUSA

CAMPINAS, SP (FOLHAPRESS) - O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino (PSB), prometeu envio de mais homens da Força Nacional ao Rio de Janeiro nesta terça-feira (24).

Em publicação no X (antigo Twitter), o ministro prometeu ainda enviar autoridades federais para ajudar na intervenção na capital fluminense junto às autoridades estaduais.

A publicação foi feita no fim da noite desta segunda-feira (22), dia marcado por uma série de ataques ao transporte público do Rio. Ao menos 35 ônibus foram incendiados, além de um trem. Os crimes são resposta à morte de Matheus da Silva Rezende, 24, conhecido como Faustão e um dos chefes da maior milícia da cidade.

Na publicação, Dino diz: "Amanhã estarão no Rio o Secretário Executivo Ricardo Cappelli; o Secretário Nacional de Segurança Pública, Tadeu Alencar; e o Comandante da Força Nacional, coronel Alencar. Irão reunir com as nossas Superintendências da Polícia Federal e da Polícia Rodoviária Federal. Também com as equipes dos governos estadual e municipal."

"Estamos mantendo e ampliando operações diárias no Rio, no que se refere à competência federal, com realização de prisões, investigações, patrulhamento e apreensões. Vamos aumentar mais ainda as equipes federais, em apoio ao Estado e ao Município", complementa.

À reposta em âmbito nacional ocorre poucas horas após a série de ataques e um apelo do prefeito do Rio, Eduardo Paes (PSD), por apoio federal e estadual à segurança do município.

"Essa gente precisa de uma resposta muito firme das forças policiais! Como prefeito, apelo ao Governo do Estado e ao Ministério da Justiça para que atuem para impedir que fatos assim se repitam", publicou Paes em uma rede social.

"Em um sistema federativo, temos que respeitar os demais entes da Federação e buscar ações convergentes, o máximo quanto possível. Foi assim que agimos em outros estados que atravessaram crises de Segurança neste ano de 2023. Teremos novas decisões nos próximos dias, sob orientação do Presidente Lula", concluiu Dino.

CELEBRAÇÕES

Vídeos que circulam nas redes sociais mostram uma queima de fogos promovida pela milícia Tauã, liderada por Tauã Oliveira Francisco, o Tubarão. A ação simboliza a celebração pela morte de Faustão, considerado um dos principais rivais da milícia do Tauã.

Segundo a Polícia Civil do Estado do Rio, Tubarão pertencia à mesma milícia que Faustão, o Bonde do Zinho.

Em janeiro desse ano, no entanto, Tauã tomou parte do território que pertencia ao antigo grupo, anexado em Nova Iguaçu.