Polícia apura roubo de moto aquática que deixou vítima à deriva no litoral de SP
SANTOS, SP (FOLHAPRESS) - A Polícia Civil investiga o roubo de uma moto aquática registrado no último fim de semana na praia de Pitangueiras, um dos destinos mais procurados de Guarujá, no litoral sul de São Paulo.
A vítima, Derisvaldo Santos Santana, 34, ficou à deriva após ser abordada por quatro indivíduos, três deles armados. Eles usavam balaclavas (máscaras no rosto) para não serem identificados.
Segundo registro do boletim de ocorrência, três suspeitos apontaram para a vítima armas de fogo, que pareciam ser pistolas pretas, e anunciaram o assalto. Em seguida, exigiram que a vítima pulasse no mar.
O caso foi registrado na delegacia sede do município como roubo com emprego de arma de fogo.
Procurada, a Secretaria de Segurança Pública (Secretaria de Segurança Pública) de São Paulo diz que segue diligências para identificar os autores.
O GB Mar (Grupamento de Bombeiros Marítimo), por sua vez, afirmou que auxiliou a vítima apenas na retirada das águas e que não havia risco de afogamento por estar de colete.
O veículo, um Sea-Doo GTI 170 SE, ano 2022, está avaliado em cerca de R$ 120 mil.
Na última quarta-feira (25), a Polícia Civil deflagrou uma operação denominada Pérola do Atlântico e Navegação Segura, com 28 policiais, para recuperar motos aquáticas roubadas em alto mar e cumprir prisões de pessoas procuradas pela Justiça.
Na operação, um adolescente de 15 anos foi apreendido por associação criminosa. Ele tem dez passagens criminais entre 2021 e 2023 por crimes de roubos e furtos praticados contra pessoas que caminhavam no calçadão ou na faixa de areia em praias de Guarujá.
A investigação ainda concluiu que o menor tem participação em arrastões ocorridos no município. Um homem de 38 anos também foi capturado.
As equipes envolvidas ainda localizaram na comunidade da Vila Rã um estacionamento particular onde havia quatro moto aquáticas sem documentação. O proprietário alegou apenas fazer a guarda dos itens.
Os veículos foram apreendidos pela ausência de documentos marítimos que comprovem a propriedade.
No último dia 23 de setembro, há pouco mais de um mês, um crime semelhante ocorreu em Bertioga.
Homens armados renderam diversas vítimas e roubaram sete motos aquáticas, na divisa das praias de Riviera e Indaiá. Doze dias depois, algumas das embarcações foram encontradas.
A Marinha ainda realiza perícia para a identificação correta das motos aquáticas.
Procurada, a Prefeitura de Guarujá não quis explicar como tem funcionado a segurança do município. Em nota, diz que, como a ocorrência aconteceu em área de jurisdição da Marinha, a responsabilidade é da Capitania dos Portos e da Polícia.
Até setembro, Guarujá registrou 2.303 roubos, totalizando roubos de carga, a banco, veículos e outros tipos.
O número já se aproxima ao totalizado em todo 2022, com 2.427 registros, e pode ser o maior em anos.
A SSP afirma não ter um controle exato de roubos e furtos relacionados a motos aquáticas.