Mãe e filha que estavam em helicóptero que sumiu moram em SP e gostam de aventura, diz familiar
Ambas estão desaparecidas desde a tarde de 31 de dezembro, quando o helicóptero em que elas estavam com mais duas pessoas, o piloto e outro passageiro, sumiu na serra do Mar.
SÃO PAULO, SP (FOLHARPESS) - "Elas gostam muito de adrenalina." É assim que a gerente de vendas Silvia Santos, 43, define a irmã e a sobrinha, a vendedora de roupas Luciana Marley Rodzewics Santos, 46, e a filha dela, Letícia Ayumi Rodzewics Sakumoto, 20.
Ambas estão desaparecidas desde a tarde de 31 de dezembro, quando o helicóptero em que elas estavam com mais duas pessoas, o piloto e outro passageiro, sumiu na serra do Mar após decolar do aeroporto Campo de Marte, na zona norte de São Paulo, em direção a Ilhabela, no litoral norte paulista.
Segundo os familiares, Luciana e Letícia foram convidadas por um amigo da mãe para o passeio. O homem, que nas redes sociais se identifica como Raphael Torres, também estaria na aeronave desaparecida.
"A Letícia falou para o namorado que a Luciana recebeu esse convite do Raphael", diz Silvia. Segundo ela, era a primeira vez que mãe e filha viajavam de helicóptero.
Luciana e Letícia moram em casas separadas, ambas no bairro do Limão, na zona norte de São Paulo. A garota mora com os avós.
"Eu tenho fé que amanhã vamos ter ótimas notícias. Eu sinto que todos vão voltar com vida", acrescentou Silvia na noite desta terça-feira (2).
Ela disse ter ido até o Campo de Marte no primeiro dia no ano para tentar obter informações sobre o voo. Mas saiu apenas com a confirmação de que a irmã e a sobrinha haviam embarcado no helicóptero.
Letícia conversou por mensagens com o namorado durante o voo. Ela demonstrou medo devido às más condições do tempo e relatou que fizeram um pouso de emergência em uma área de mata, em local que não soube identificar. Depois, encaminhou um vídeo do voo em meio a densa neblina.
As buscas pelo helicóptero e seus passageiros estão concentradas na serra do Mar, entre cidades do interior e do litoral. A FAB (Força Aérea Brasileira) utiliza um avião, enquanto a PM realiza voos com um helicóptero Águia. As buscas devem ser retomadas no início da manhã desta quarta (3).
Em áudios de uma conversa com o controlador de um heliponto em Ilhabela, onde a aeronave deveria pousar, o condutor é identificado como Cassiano. Segundo a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), o helicóptero que sumiu não tinha autorização para táxi-aéreo.