Investigadores coletam destroços para identificar causas de acidente com avião em MG
BELO HORIZONTE, MG (FOLHAPRESS) - Técnicos do Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos) iniciaram nesta segunda (29) a investigação sobre as causas da queda de avião que matou sete pessoas na manhã deste domingo (28) em Itapeva, região sul de Minas Gerais a 460 km de Belo Horizonte.
Os corpos foram levados inicialmente para o IML (Instituto Médico Legal) de Pouso Alegre, também na região sul. Porém, diante da complexidade das lesões, foi feita transferência para o IML de Belo Horizonte, informou a Polícia Civil, na manhã desta segunda (29). A corporação também investiga o acidente.
Os primeiros procedimentos dos técnicos serão análise da área em que os destroços caíram e coleta de peças que poderão indicar o que pode ter causado o acidente. A investigação também tenta localizar o autor de um vídeo que circula nas redes sociais mostrando o que seriam destroços do avião caindo antes de atingir o solo.
Segundo o chefe da Defesa Civil municipal, Gabriel Ferreira Brito, é preciso saber o horário em que o vídeo foi feito, para confrontar com o do momento da queda do avião.
Os bombeiros foram acionados às 10h38 do domingo por moradores que avistaram um avião se partindo no ar enquanto sobrevoava a região e que suas partes foram caindo aos poucos no solo. Ainda não há indícios a respeito do que pode ter provocado a queda da aeronave.
"A conclusão das investigações terá o menor prazo possível, dependendo sempre da complexidade de cada ocorrência e, ainda, da necessidade de descobrir os possíveis fatores contribuintes", afirma o Cenipa, em nota.
O avião tinha o prefixo PS-MTG e deixou o aeroporto de Campos dos Amarais, em Campinas (SP), e seguia para Belo Horizonte.
A aeronave, modelo PA-46-350P, pertence à empresa It's Soluções LTDA. Foi fabricada em 1996 pela Piper Aircraft. A capacidade é para cinco passageiros, além do piloto. A documentação estava em dia, segundo informações da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil).
Os sete mortos no acidente são o empresários Marcílio Franco da Silveira, 42; sua esposa, Raquel Souza Neves Silveira, 40; o filho deles, Antônio Neves Silveira, 2; André Rodrigues do Amaral, 40, sócio de Silveira; Fernanda Luísa Costa Amaral, 38, esposa de André; o piloto Geberson Henrique Tadeu Chagas Pereira e o co-piloto Gabriel de Almeida Quintão Araújo, 25.
Marcílio Silveira e André Rodrigues são sócios da CredFranco, empresa do mercado nacional de crédito. A empresa publicou uma nota de pesar após a confirmação da morte dos sócios. Marcílio era um dos fundadores da CredFranco.