Família morta a tiros em Niterói havia saído para pegar R$ 5.000, diz parente
RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) - O padrasto da mulher morta junto com o marido e o filho em Niterói, na região metropolitana do Rio de Janeiro, neste domingo (17), disse que a família estava para receber cerca de R$ 5.000, que seriam usado para dar entrada em um imóvel, e teriam saído de casa para buscar o valor.
Filipe Rodrigues, sua mulher, Rayssa dos Santos Ferreira, e o filho deles, Miguel Filipe dos Santos Rodrigues, de sete meses, foram mortos a tiros após o carro em que estavam ser alvejado por ocupantes de uma moto.
"Ele [Filipe] estava querendo crescer na vida. Queria sair da casinha de aluguel para poder ter a casinha própria. E apareceu a oportunidade de ele ter essa casinha. Ele ia, eu não sei se ele ia buscar o dinheiro de um término de serviço, ou se ele ia buscar um dinheiro emprestado para dar a entrada nessa casa", disse Elvis Soares, padrasto de Rayssa.
Filipe era gesseiro e havia alugado o veículo para trabalhar como motorista de aplicativo. O casal estava junto havia dois anos.
Ainda de acordo com o padrasto, Filipe havia comentado com a família no domingo sobre a quantia que iria receber. Eles moram em casas no mesmo quintal e a última vez que Soares viu a família foi por volta das 22h, quando Rayssa foi até a casa dele encher dois galões com água filtrada.
"Essa informação dos R$ 5.000, a gente não sabe se alguém iria emprestar para ele ou se ele teria esses R$ 5.000 mil para receber. A gente está aqui, igual a todo mundo, em busca de mais informações. Ele comentou que sairia por isso aí, ia pegar esse valor", acrescentou Soares.
A polícia investiga o motivo do ataque. Um possível latrocínio (roubo seguido de morte) não está descartado.
Bastante abalado, Soares fez um desabafo. "Nessa família eu tenho tudo o que eu preciso, entendeu? Só que agora tiraram um pedacinho de mim. É que nem eu falo: 'eu sou avô'. Me perguntam: 'você é padrasto?' Não, sou pai. Sou padrasto? Não, eu sou pai. Pai e avô. E isso eles tiraram de mim."
Em nota, a Polícia Civil afirma que a "Delegacia de Homicídios de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí (DHNSG) investiga o caso. Os agentes estão em diligências para confirmar os nomes das vítimas e levantam informações para identificar a autoria e esclarecer a motivação do crime".