Vale do Lítio recebe parceria entre Governo e mineradora para investimentos que podem chegar a R$750 milhões

Governo trabalha com parceria para promover a criação de emprego

Por Da Redação

Governo de Minas e a empresa MG LIT acabam de firmar protocolo de intenções para a geração de mais de mil empregos diretos no Vale do Jequitinhonha

O Governo de Minas Gerais assinou um protocolo de intenções com a empresa MG Lit (Lithium Ionic) que firmando um acordo com investimentos previstos de R$750 milhões para a extração de lítio em Araçuaí, Itinga e Salinas. Segundo o Estado, o propósito é o desenvolvimento do Vale do Lítio, com a geração de mais de mil empregos diretos, além dos indiretos, no Vale do Jequitinhonha.

Em reunião na Cidade Administrativa, em Belo Horizonte, com diretores da MG LIT, da Invest Minas e o secretário de Desenvolvimento Econômico (Sede), Fernando Passalio, o governador destacou a importância do projeto, afirmando que a cada dia, o projeto caminha para se concretizar. Ele ressaltou ainda que o Governo contribui diminuindo as burocracias e seguindo rigorosamente a legislação ambiental. "O Vale do Jequitinhonha será e - já começa a ser - o Vale da Esperança”, disse o governador.

O presidente da empresa MG LIT, Hélio Diniz, enxerga efeitos promissores da iniciativa no futuro. A expectativa dele é a de que o trabalho comece o mais rápido possível. Segundo o Estado, o esperado é que a empresa inicie a operação em 2025. A empresa já começou a investir no estado e, até o final do ano, devem ser contabilizados cerca de R$ 160 milhões em recursos aplicados em Minas Gerais.A mineradora atua na aquisição, exploração e desenvolvimento de propriedades de lítio no Brasil. Com o objetivo de gerar valor de longo prazo para seus acionistas por meio da descoberta e potencial extração futura de lítio.

 Conforme o Governo, a parceria com as empresas que querem investir no Vale do Lítio visa a estar  além da extração. É fundamental, para o Estado,  nesse processo, que as companhias apresentem ações sociais, como apoio direcionado às  mulheres empreendedoras, às estradas e à infraestrutura. “Algumas empresas já estão investindo para melhorias das estradas e pontes. Já solicitamos também que elas contribuam para o Aeroporto de Araçuaí, para que o município possa receber voos regulares”, afirmou Romeu Zema.

O secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, Fernando Passalio, reforçou o objetivo, que já toma forma, de tornar o Vale do Lítio um celeiro de desenvolvimento, transformação social e geração de empregos. “As famílias que moram na região vão sentir a transformação econômica e social que nós vamos fazer”, pontuou o secretário.

As mudanças já são percebidas, por exemplo, pela população de Itinga, com o aquecimento de alguns setores.


A MG LIT (Lithium Ionic) é uma empresa de mineração canadense com foco em lítio. Atua na aquisição, exploração e desenvolvimento de propriedades de lítio no Brasil com o objetivo de gerar valor de longo prazo para seus acionistas por meio da descoberta e potencial extração futura de lítio, um mineral que está alimentando a revolução verde.

Vale do Lítio

O Vale do Lítio é formado por 14 cidades: Araçuaí, Capelinha, Coronel Murta, Itaobim, Itinga, Malacacheta, Medina, Minas Novas, Pedra Azul, Virgem da Lapa, Teófilo Otoni e Turmalina, no Nordeste de Minas, e Rubelita e Salinas, no Norte mineiro.

Esses municípios abrigam a maior reserva nacional de lítio. O mineral é utilizado em diversas aplicações, sendo a mais comum a fabricação de baterias de longa duração, que equipam veículos elétricos e aparelhos eletroeletrônicos. Por isso, será um item bastante demandado nos próximos anos pela indústria, de forma geral.

Até o momento, segundo informações da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sede), já foram atraídos quatro grandes projetos de investimentos e desenvolvimento para o Vale do Lítio. Com as confirmações, estão previstos cerca de R$ 5 bilhões em recursos que serão direcionados a Minas, com expectativa de chegar a R$ 30 bilhões até 2030. Os quatro empreendimentos firmados projetam mais de 3,7 mil postos de trabalho na região.