Após deixar prefeitura, irmão de Bolsonaro deve ser empregado pelo PL na eleição

Por FÁBIO ZANINI

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Irmão do presidente, Renato Bolsonaro deverá ser empregado pelo PL para se dedicar a campanhas em SP, com salário de ao menos R$ 20 mil.

Ele deixou o cargo de chefe de gabinete na Prefeitura de Miracatu (SP), no começo de agosto, para ajudar Tarcísio de Freitas (Republicanos) para o governo, Marcos Pontes (PL) para o Senado e Mosart Aragão (PL) para deputado federal.

Renato tem acordo com o prefeito Vinicius Brandão (PL) para voltar a ocupar o antigo posto após as eleições.

Para evitar acusações de favorecimento, o PL pretende remunerar o irmão de Jair Bolsonaro (PL) pela tarefa com recursos próprios, advindos de contribuições de parlamentares, e não com valores provenientes dos fundos partidário ou eleitoral.

O entendimento entre líderes do partido é de que Renato precisa dos recursos e será remunerado pelos serviços prestados, sem qualquer irregularidade.

A Folha de S.Paulo mostrou atuação de Renato em Miracatu como mediador informal de demandas de prefeitos do estado de São Paulo interessados em verbas federais para obras e investimentos.

A reportagem identificou em 2022 a participação do irmão do presidente na liberação de dinheiro para ao menos quatro municípios do litoral e do Vale do Ribeira, região de origem da família Bolsonaro.