Leitura da carta na UERJ tem fala de advogados e gritos de 'democracia fica'
RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) - A leitura da carta pela democracia, realizada no Salão Nobre de Direito da UERJ, no Rio, foi antecedida por falas de advogados, defensores públicos e professores, que discursaram pela importância do Direito para o exercício da democracia.
Cerca de 200 pessoas, a maioria formada por estudantes, acompanham o evento na manhã desta quinta-feira (11). Ao fim de cada discurso, o público grita 'Bolsonaro sai, democracia fica'.
Heloísa Helena Gomes Barboza, diretora da Faculdade de Direito da UERJ e primeira mulher a exercer o cargo, lembrou o período em que era estudante, durante a ditadura.
"Nada mais genuíno para a democracia do que um movimento que vem das pessoas e dos alunos. Só quem foi aluno e aluna na época da ditadura militar sabe a importância que tem renovar, a todo o momento, a luta democrática", disse a diretora.
O advogado e ex-reitor da UERJ, Ricardo Lodi Ribeiro, lembrou da primeira versão da carta, em 1977, lida na Faculdade de Direito da USP.
"A leitura da carta no dia 11 de agosto de 1977 começou a abrir o regime militar. E também é essa página que a gente precisa virar a partir de agora. Hoje é o dia de enterrar o autoritarismo que tomou conta do país nos últimos anos", afirmou o ex-reitor.