Lula diz que tem 'fé' que Brasil irá 'reconquistar sua bandeira, soberania e democracia'

Por VICTORIA AZEVEDO

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nas redes sociais nesta quarta-feira (7) que tem "fé" que o Brasil irá "reconquistar sua bandeira, soberania e democracia".

"200 anos de independência hoje. 7 de setembro deveria ser um dia de amor e união pelo Brasil. Infelizmente, não é o que acontece hoje", escreveu também o petista nas redes sociais.

Na mesma publicação, Lula compartilhou um vídeo que reúne cenas de comícios do petista realizados neste ano em que são entoados trechos do hino nacional.

Há cenas dos atos em Campina Grande, Salvador, Teresina, Maceió, Diadema, Porto Alegre, Manaus, Aracaju, Rio de Janeiro, Belém, Brasília, Fortaleza, São Paulo, Serra Talhada, São Luís e Belo Horizonte.

O ex-presidente não tem agendas públicas previstas nesta quarta-feira.

Como a Folha mostrou, na avaliação de aliados do petista, o tema é delicado, já que há a preocupação com a segurança do ex-presidente, devido ao grau de animosidade de bolsonaristas que deverão ir às ruas em atos pelo país.

Além disso, a campanha entende que qualquer agenda de Lula será comparada com os atos e os eventos oficiais, amparados pela máquina de governo. A equipe de segurança do petista avalia ainda que ele pode participar de reuniões, contanto que não vá a áreas dominadas por apoiadores de Bolsonaro.

Vice de Lula, o ex-governador Geraldo Alckmin (PSB) afirmou nas redes, também nesta quarta (7), que o Brasil vive um momento grave. "Nossa democracia e nossa soberania estão sob ameaça. Se é isso que está em jogo, precisamos nos unir acima das diferenças", escreveu.

"Do nosso lado tem lugar para todos os democratas, os verdadeiros patriotas desse país. Vamos juntos, eu, você e o @LulaOficial: 'verás que um filho teu não foge à luta'. Que o próximo 7 de setembro seja num Brasil de Esperança", seguiu Alckmin.

Candidato do PT ao Governo de São Paulo, o ex-prefeito Fernando Haddad afirmou nesta quarta-feira (7) que "200 anos depois do grito da Independência, ninguém vai ameaçar a nossa independência no grito".

A declaração de Haddad aparece em vídeo compartilhado pelo petista nas redes sociais neste 7 de Setembro.

"É muito mais fácil lutar pela independência do nosso povo com um governo que dissemina o amor no lugar do ódio. E que respeita a democracia ao invés de ameaçar as instituições. Por isso, eu peço seu voto no 13 para governador e para presidente", diz Haddad na peça.

Na terça (6), Lula usou o horário eleitoral para falar sobre o Bicentenário da Independência e fez críticas ao presidente Jair Bolsonaro (PL).

"O Brasil está completando 200 anos de sua independência. Essa data é para ser comemorada com alegria. Infelizmente, não é o que acontece hoje. Esse governo abandonou o povo", afirmou. "Eles pregam o ódio e a venda de armas".

Em reunião com membros de sua campanha, também na terça (6), o ex-presidente afirmou que Bolsonaro está "usurpando" o 7 de Setembro.

"Temos um candidato no cargo tentando utilizar a máquina pública inclusive agora usurpando o 7 de Setembro do povo brasileiro para ser uma coisa pessoal dele. Tratando o 7 de Setembro como se fosse uma coisa dele, quando na verdade [a data] é a comemoração de uma festa de interesse de 215 milhões de brasileiros", disse Lula.

"Porque, afinal das contas, é a independência do nosso país. E ele poderia ter tido a grandeza de fazer uma grande festa para o povo brasileiro participar. Mas resolveu fazer para ele, é dele. Ele que já disse 'as minhas Forças Armadas' agora tá dizendo 'a minha Independência'. É triste, mas é assim."