Justiça definirá início da propaganda eleitoral em PE após impasse entre Marília Arraes e Raquel Lyra

Por JOSÉ MATHEUS SANTOS

RECIFE, PE (FOLHAPRESS) - A Justiça Eleitoral vai definir se adiará o início da propaganda eleitoral no rádio e na televisão em Pernambuco. O pedido de postergação foi feito pela coligação da candidata a governadora Raquel Lyra (PSDB).

A coligação quer que o início seja na próxima segunda-feira (10) em razão do luto de Raquel após a morte do marido, o empresário Fernando Lucena, 44. Ele morreu último domingo (2), após um mal súbito em Caruaru, no agreste pernambucano.

A coligação argumentou que "mesmo notabilizada por sua fortaleza, a candidata não se encontra em condições psicológicas e mentais de retornar ao processo eleitoral". Ainda frisa que o adiamento "é o mínimo que se pode conceder à candidata, que poderá participar da missa de sétimo dia em memória de seu falecido esposo, além de reunir as forças necessárias para consolar os seus filhos e para vivenciar o seu próprio luto, sem precisar ser submetida às gravações dos programas para rádio e televisão durante período tão delicado de sua vida".

O calendário eleitoral prevê o início da propaganda eleitoral no rádio e na televisão, no segundo turno, na sexta, 7 de outubro, seguindo até o dia 28.

Em parecer, o Ministério Público Eleitoral entendeu que, em solidariedade, é possível o adiamento, desde que a coligação adversária, encabeçada por Marília Arraes (Solidariedade), esteja de acordo. A coligação, no entanto, quer manter a data prevista.

"Marília Arraes se solidariza, mais uma vez, com a candidata Raquel Lyra, e compreende seu momento pessoal de dor. No entanto, acredita na importância de dar prosseguimento ao diálogo com a população de Pernambuco e no apoio à candidatura presidencial de Luiz Inácio Lula da Silva, que também estará retomando, nesta sexta-feira, a sua caminhada no segundo turno das eleições", diz nota da coligação de Marília.

A decisão final será da Justiça Eleitoral em Pernambuco.