Múcio, Rui Costa e secretário acompanham desocupação de acampamento golpista no DF

Por MATEUS VARGAS

BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - Os ministros da Defesa, José Múcio, e da Casa Civil, Rui Costa, acompanham na manhã desta segunda-feira (9) a desocupação de um acampamento de bolsonaristas montado em frente ao quartel-general do Exército em Brasília, em cumprimento de determinação do ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal).

O secretário-executivo do Ministério da Justiça, Ricardo Capelli, nomeado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para comandar a intervenção no Distrito Federal, também monitorou a ação policial.

O esvaziamento da área pela PM do Distrito Federal e pela Polícia do Exército teve início na manhã desta segunda. Militares desmontaram barracas ocupadas pelos golpistas.

De acordo com o Ministério da Justiça, cerca de 1.200 bolsonaristas estão sendo conduzidos presos para a superintendência da Polícia Federal, em dezenas de ônibus cedidos pelo Governo do Distrito Federal.

Mais cedo, os policiais haviam dado cerca de uma hora para que os manifestantes radicais recolhessem seus pertences e deixassem o acampamento. Eles também informaram aos presentes que quem seguir no local seria detido.

A ideia da cúpula militar é pressionar bolsonaristas a se retirar do local de maneira pacífica, evitando confronto. Alguns golpistas, contudo, mostram resistência. Um manifestante que xingava as forças de segurança foi detido.

No começo da manhã desta segunda, os policiais começaram a entrar no acampamento, que já dura mais de 70 dias. Outras tentativas pacíficas já fracassaram.

Na noite de domingo (8), o Exército impediu a entrada da Polícia Militar do Distrito Federal na área em que bolsonaristas extremistas estão acampados em Brasília, em frente ao quartel-general da Força.

O ministro Alexandre de Moraes, do STF, determinou o afastamento do cargo do governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB).

A suspensão determinada por Moraes vale por 90 dias e ocorre horas depois que bolsonaristas radicalizados invadiram e depredaram o Palácio do Planalto, o Congresso Nacional e o STF.