Estudioso da islamofobia é incluído pelo governo em grupo de combate ao extremismo
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O Ministério dos Direitos Humanos incluiu no grupo de trabalho que criou para estudar formas de combater o discurso de ódio o professor da Fundação Getúlio Vargas Salem Nasser. Ele é estudioso da islamofobia e membro da comunidade árabe-muçulmana.
A criação do GT aconteceu pouco mais de um mês após os atos golpistas de 8 de janeiro, quando militantes bolsonaristas invadiram e depredaram o Palácio do Planalto, o Congresso Nacional e o STF (Supremo Tribunal Federal).
O grupo de trabalho é coordenado pela ex-deputada Manuela d'Ávila (PC do B-RS), que integrou como candidata a vice-presidente a chapa encabeçada por Fernando Haddad (PT), atual ministro da Fazenda, em 2018.
Participam do grupo o influenciador Felipe Neto, a antropóloga Débora Diniz, o psicanalista Christian Dunker, a cientista social e acadêmica Esther Solano, o cientista política especialista em relações internacionais Guilherme Casarões, a antropóloga Isabela Oliveira Kalil e o epidemiologista Pedro Hallal, entre outros.
O grupo atuará inicialmente por um período de 180 dias, prazo que pode ser prorrogado. Entre suas atribuições, estará a de assessorar o ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, nas questões referentes ao discurso de ódio e ao extremismo. Também devem realizar estudos e elaborar estratégias para enfrentar essas questões.