MDB descarta apoio automático a Lula e diz que fará críticas quando necessário

Por GUILHERME SETO

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Nesta quarta-feira (8), a executiva nacional do MDB realizou a sua primeira reunião de 2023 e aprovou um documento com os compromissos do partido para esta legislatura (2023-2027).

No texto, o partido diz que dará suporte às medidas encaminhadas pelo governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT), mas rejeita o alinhamento automático ao dizer jamais deixará "de fazer as críticas quando necessário".

Três ministros da sigla compõem o governo atualmente: Simone Tebet (Planejamento), Jader Filho (Cidades) e Renan Filho (Transportes).

No texto, o partido reafirma a meta de ter no mínimo 30% de mulheres na composição dos diretórios nacional, estaduais e municipais, conforme mudança recente no estatuto do MDB.

Entre as prioridades, o MDB cita o combate à fome e à miséria e a melhoria dos serviços de saúde e educação.

Por iniciativa do deputado federal Alceu Moreira, do ex-ministro Carlos Marun e do senador Marcelo Castro, este último um aliado próximo do PT, foi incluída no texto uma passagem em que "o respeito à propriedade privada" também foi colocado entre as prioridades. Castro criticou as invasões recentes do MST durante a reunião.

O documento também manifesta apoio à votação de uma nova reforma tributária, e afirma que a PEC 45/2019, de autoria do deputado federal Baleia Rossi, presidente do MDB, reúne os critérios de diminuir desigualdades regionais e amplificar oportunidades de emprego e renda.