Lula confirma general que cuidou da segurança de Dilma para comandar GSI
BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - O presidente Lula (PT) convidou o general Marcos Antônio Amaro dos Santos para comandar o GSI (Gabinete de Segurança Institucional).
O QUE ACONTECEU?
O convite foi feito no dia do almoço com o Alto Comando Militar. O GSI, responsável pela segurança do presidente e do Palácio do Planalto, está sob comando interino de Ricardo Cappelli há pouco mais de uma semana, com a saída do general Gonçalves Dias.
Conforme o UOL revelou, o nome de Amaro foi sugerido a Lula pelo comandante do Exército, general Tomás Paiva. Amaro e o presidente tiveram, inclusive, uma conversa antes de o presidente embarcar para Portugal.
Amaro comandou a Casa Militar (como era chamado o GSI) no governo Dilma Rousseff (PT). Antes, foi responsável pela segurança da presidente por quase cinco anos. Ele está na reserva desde janeiro.
GSI SEGUE MILITAR
Uma pressão por uma desmilitarização do GSI se tornou frequente no governo após os ataques golpistas de 8 de janeiro. Insatisfeito, Lula promoveu um "limpa" no órgão, mas segurou a liderança de Gonçalves Dias, embora escanteado, e promoveu uma apaziguamento com militares.
Na semana passada, após imagens mostrarem o ex-ministro no Planalto no dia 8, a situação de GDias ?como ele é conhecido? acabou ficando insustentável e ele deixou o cargo.
A pressão para que um civil assumisse a pasta ?algo inédito? aumentou dentro do governo e do PT, e Lula indicou Cappelli, que não é militar, interinamente. Após a conversa com Paiva e, agora, a indicação mostram o empenho do presidente em ainda mostrar confiança nas Forças Armadas.
QUEM É O GENERAL AMARO
Amaro, 65, entrou para o Exército brasileiro em 1974 e chegou ao generalato em 2010, após comandar por três anos a Divisão de Inteligência do Centro de Inteligência do Exército.
Ele foi secretário de Segurança Presidencial por quase cinco anos, durante o governo Dilma. Após a retirada do status de ministério do GSI pela então presidente, em 2015, Amaro assumiu a Casa Militar, órgão integrado à Secretaria de Governo.
Em 2018, tornou-se secretário de Economia e Finanças do Exército e, em abril de 2020, assumiu a chefia de Estado-Maior do Exército.
Em julho de 2020, tornou-se ainda comandante militar do Sudeste. Foi para a reserva em janeiro deste ano.