Zema cobra união da direita e interrompe fala após protesto de mulher antivacina
BELO HORIZONTE, MG (FOLHAPRESS) - O governador mineiro Romeu Zema (Novo) teve o seu discurso interrompido na manhã deste sábado (23) ao participar do CPAC Brasil 2023, o encontro anual de representantes de movimentos de direita no país, que tem como um dos principais representantes o deputado federal Eduardo Bolsonaro, filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Zema falava sobre a necessidade de a direita se unir no país, de imediato de olho nas eleições municipais do ano que vem, quando uma mulher que assistia à palestra reclamou de ter sido demitida da estatal Copasa (Companhia de Saneamento de Minas Gerais) por não ter se vacinado contra a Covid-19.
"Fui mandada embora porque eu não quis tomar vacina", gritou a mulher, da plateia. Zema encerrou o discurso imediatamente. O mestre de cerimônia, porém, o abordou no palco enquanto saía e fez algumas perguntas para aliviar o climão.
Zema é apontado como um dos principais nomes da direita para a disputa da Presidência em 2026, ao lado do governador bolsonarista, Tarcísio de Freitas (Republicanos), de São Paulo. Bolsonaro foi declarado inelegível pelo TSE e ficará ao menos oito anos sem disputar eleições.
No evento, antes de ser interrompido, Zema falava sobre a importância de a direita eleger bons candidatos no ano que vem. "A direita precisa trabalhar unida. Não podemos nos dissipar", afirmou, antes da manifestação da mulher, que em seguida foi vaiada e continuou dentro do auditório.
Zema acabou sendo a principal presença na abertura do CPAC 2023, neste sábado. Bolsonaro não compareceu porque, segundo parte da organização do evento em Minas, recupera-se das cirurgias pelas quais passou no início da semana.
Eduardo Bolsonaro também não compareceu porque seu filho nasceu nesta sexta (22). O encontro também não contou com grande número de espectadores.
O auditório do Minascentro, que tem capacidade para 1.600 pessoas, estava com aproximadamente metade das cadeiras ocupadas.