Nunes diz não ter como comentar operação contra golpismo de seu aliado Bolsonaro

Por CAROLINA LINHARES

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Pré-candidato apoiado por Jair Bolsonaro (PL) na eleição em São Paulo, o prefeito Ricardo Nunes (MDB) evitou, novamente, comentar o fato de o ex-presidente estar na mira da Polícia Federal. Nesta quinta-feira (8), a PF esteve na casa de Bolsonaro em ação que investiga uma tentativa de golpe de Estado para mantê-lo no poder.

Questionado pela imprensa durante a inauguração de uma UBS na zona leste, na manhã desta sexta, Nunes afirmou que não tinha o que comentar e que estava "cuidando da cidade".

"Hoje é dia de Prefeitura Presente aqui no Itaim Paulista. Eu estou desde cedo aqui e vou ficar até a noite, não consegui nem ver meu WhatsApp. Então eu não tenho, assim, algum comentário para fazer de algo que eu não tenho um profundo conhecimento", disse Nunes.

"Enfim, não tenho como comentar porque estou aqui trabalhando, cuidando da cidade", emendou.

Nesta quinta, Nunes tem uma série de compromissos na zona leste, com visita a obras da prefeitura ?programa chamado Prefeitura Presente, quando o prefeito dedica um dia inteiro a uma região específica.

Ao comentar sobre a eleição, Nunes disse que vai atender a população e se esquivou de falar sobre a operação e sobre Bolsonaro, que inclusive indicou uma sugestão de vice para a chapa.

"Eu não tenho detalhes sobre o que aconteceu nessa operação, mas o que eu tenho aqui é isso: é trabalhar, trabalhar, trabalhar, cuidar da cidade. Lá na frente, quando chegar a eleição, a população vai avaliar se eles estão felizes de receber esses equipamentos importantes", disse, mencionando a entrega de unidades de saúde.

"Qualquer questão da eleição, eu vou mostrar isso: que eu sou o primeiro a chegar, que a gente está entregando, que a gente está com a prefeitura estruturada para poder atender a demanda da população. Onde a população solicita, a gente entrega", completou.