Diretoria da Empav admite atrasos nos pagamentos de recolhimentos trabalhistas
Diretoria da Empav admite atrasos nos pagamentos de recolhimentos trabalhistas
Situação financeira da empresa foi debatida em reunião na manhã desta sexta-feira, na Câmara
Repórter
4/03/2016
Uma reunião realizada na manhã desta sexta-feira, 4 de março, na Câmara Municipal, sobre as denúncias feitas pelo Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Juiz de Fora (Sinserpu) ao Ministério Público, trouxe à tona novas informações sobre a real situação em que se encontra a Empresa Municipal de Pavimentação e Urbanização (Empav). O encontro, que durou quase 1h30, foi solicitado pelo vereador José Emanuel (PSC).
Na oportunidade, o diretor-presidente da Empav, Darci Ferreira da Silva, elencou várias recomendações feitas pela Secretaria da Fazenda (SF) de Juiz de Fora, mas admitiu que os encargos trabalhistas não estão sendo pagos. "Desde que assumimos a Empav nosso principal objetivo é trazer transparência às denúncias que foram levantadas, de forma satisfatória. Aquilo que foi feito de forma incorreta, que seja analisado e cada pessoa responda por suas atitudes. Já a situação financeira da Empav, é um retrato do que o Brasil está passando neste momento. Nós somos uma empresa pública, com direito privado, e os recursos que chegam até nós precisam vir de notas fiscais, com uma frente de trabalho e, com essa crise, não é diferente. Hoje estamos administrando a dívida, e não o recurso que nos sobra. Cremos que esse momento vai passar e, para que a empresa não pare, precisamos ter prioridades, como pagamento da matéria-prima, dos fornecedores e da folha dos funcionários. Aquilo que você pode postergar, você administra", cita, dizendo em seguida, que a empresa paga financiamentos datados de 2006 até hoje.
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Denúncias
Emanuel encaminhou 13 perguntas à Mesa Diretora, que foram feitas para a diretoria da Empav no início da reunião. Entre elas, ele questionava a contratação de empresas ligadas ao ex-diretor administrativo financeiro da Empav, Teodoro Pires de Mendonça; a compra sem licitação de combustível; a contratação direta de quatro empresas prestadoras de serviços; o atraso no recolhimento dos tributos dos funcionários; a concessão de ajuda de custo para um curso de mestrado de um profissional em cargo comissionado e a locação de um veículo sem licitação. De acordo com o presidente da Empav, as recomendações que a SF fez foram atendidas.