CPI das gangues ouve estudantes e professores sobre violência em Juiz de Fora

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CPI das gangues ouve estudantes e professores sobre viol?ncia em Juiz de Fora
Quinta-feira, 5 de outubro de 2017, atualizada às 17h49

CPI das gangues ouve estudantes e professores sobre violência em Juiz de Fora

Da redação

Na manhã desta quinta-feira, 5 de outubro, foi realizada uma mesa redonda para discutir o tema relativo à violência entre jovens, dando sequência aos trabalhos da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Câmara Municipal de Juiz de Fora, que tem como objetivo investigar  os casos de violência na cidade envolvendo gangues. A discussão contou com a participação de alunos e professores das escolas Delfim Moreira, Estevão de Oliveira e Senai. Também participaram a Delega Regional Patrícia Ribeiro e o Delegado de Homicídios Armando Avólio.

Os professores que estiveram no dia, em sua maioria, destacaram que além do trabalho feito nas escolas, a estruturação familiar é de suma importância, pois as atividades educacionais da família e da escola devem caminhar lado a lado para um melhor desenvolvimento dos jovens.

A professora Aliene Carnevalli acrescentou ao debate que também acredita na importância da ação conjunta das escolas e da família, mas salientou que os próprios jovens devem ter a consciência que o caminho do crime e da violência irá trazer malefícios para eles mesmos. "Acredito que a questão mais efetiva seria a da legislação, adotando normas punitivas, sendo que elas pudessem trazer aos jovens o entendimento de que ele precisa se responsabilizar por suas ações, atualmente não temos punições efetivas, são necessários projetos que realmente responsabilizem os infratores e sejam exemplo de medidas para o combate à violência".

Participante da mesa redonda, a aluna Ana Letícia, da Escola Técnica do Senai, falou sobre as medidas que podem ser tomadas para prevenir a violência. “Na minha opinião, o que traria maior resultado é a criação de um sistema conjunto entre família, escolas, município e Estado, pois encontramos condições precárias nestes campos, além de não termos um trabalho efetivo de ressocialização para os jovens que já foram infratores”.

A CPI foi idealizada pela vereadora Sheila Oliveira (PTC). É presidida pela vereadora Ana do Padre Frederico (PMDB), tendo como relator o vereador Charlles Evangelista (PP), que apresentará um relatório até o dia 16 de novembro para concluir os trabalhos e os resultados destas discussões.

A primeira palestra aconteceu no dia 29 de junho, quando o delegado de Homicídios, Rodrigo Rolli, tratou sobre a criminalidade em Juiz de Fora. Já no dia 6 de julho, foi a vez do juiz aposentado e atual secretário de Segurança Urbana e Cidadania, José Armando da Silveira, que passou um pouco da visão do Judiciário em relação às brigas de gangues. Em 24 de agosto, a Comissão recebeu no plenário do Legislativo o Jornalista e professor universitário, Ricardo Bedendo, que analisou de maneira contextual o tema “Violência entre jovens". No dia 14 de setembro, a subsecretária de Políticas de Prevenção Social à Criminalidade do Estado, Andreza Rafaela A. Gomes, relatou como é feito o trabalho de prevenção e redução de violência e criminalidade sobre determinados territórios e grupos mais vulneráveis. Em 28 de setembro o Capitão Villaça da Polícia Militar de Minas Gerais palestrou sobre o tema 'Segurança Pública e o Jovem'.

Além de montar um diagnóstico sobre as gangues da cidade, avaliar os impactos de suas ações e estudar medidas que possam resolver o problema, a CPI também tem a intenção de analisar projetos sociais que possam contribuir e melhorar a qualidade de vida da população de Juiz de Fora.

Com informações da Câmara Municipal