Bares e Restaurantes da Zona da Mata têm expectativa de aumentar faturamento no Dia dos Pais

Por Redação

imagem ilustrativa de um restaurante

O Dia dos Pais, data comemorativa que movimenta o setor econômico da Zona da Mata, acontece no próximo fim de semana e a expectativa para essa data, sob a perspectiva dos bares e restaurantes, é de que o faturamento aumente. Uma pesquisa realizada pela Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) em julho aponta que 89% esperam um aumento no faturamento em relação à mesma data do ano anterior.

De acordo com a presidente da Abrasel Zona da Mata, Francele Galil, “a expectativa do dia dos pais é grande porque essas datas familiares comemoradas aos domingos contribuem muito com o aumento do movimento de bares e restaurantes, auxiliando-os a driblar os desafios enfrentados nos últimos anos.”


Na Zona da Mata as empresas têm demonstrado sinais de recuperação, e essa análise pôde ser obtida através de registros que apontam uma queda de 6% no percentual de casas operando em prejuízo. Mas a média das que operam em equilíbrio continua se mantendo em torno dos 32%. Isso significa que uma parcela dos estabelecimentos ainda buscam se recompor dos prejuízos acumulados nos últimos anos. Galil afirma que o setor ainda precisa de atenção do poder público para o reequilíbrio e para a geração de empregos e renda.

 

Dívidas acumuladas


Ainda segundo a Abrasel, mais de um terço das empresas no setor de alimentação fora do lar no país ainda têm dívidas em atraso, incluindo empréstimos, dívidas com impostos ou fornecedores. Na Zona da Mata esse índice corresponde a 30%. Dentre essas dívidas registradas pelos empresários da região, a maioria se concentra em impostos federais, impostos estaduais, encargos trabalhistas/previdenciários, taxas municipais, serviços públicos como água/luz/gás/telefone e fornecedores de insumos. “O acúmulo de dívidas é o que tem dificultado a recuperação dos estabelecimentos e representar uma barreira para o crescimento do setor. A maior parte das empresas só não registra lucro porque direciona o faturamento para o pagamento de dívidas”, explica Francele.


O presidente da Abrasel, Paulo Solmucci, conta que “é preciso um plano de resgate do setor mirando nas empresas em dificuldade, evitando que elas quebrem, visando manter os empregos e o potencial de investimento das empresas.”


Outro ponto destacado pela pesquisa regional é que quase dois terços (57%) das empresas consultadas contam com empréstimos contratados atualmente, e entre estas a maioria recorreu ao Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe). Entretanto, a inadimplência do programa no setor está bem acima da média, atingindo 18%, enquanto a média geral é de apenas 4%. Além disso, 17% dos empresários ainda não começaram a pagar as parcelas.