Ecossistema para impulsionar a circularidade das embalagens de vidro é criado por empresas em MG

Com investimento de R$ 1,5 milhão para viabilizar a operacionalização do projeto, a expectativa é retornar cerca de 6 mil toneladas de vidro para a indústria.

Por Redação

Reciclagem

Foi criado em Minas Gerais um ecossistema que visa ampliar a reutilização das embalagens de vidro no estado com o objetivo de fortalecer a cadeia de reciclagem. Com investimento de R$ 1,5 milhão para viabilizar a operacionalização do projeto, a expectativa é retornar cerca de 6 mil toneladas de vidro para a indústria, acima das cerca de 2 mil toneladas atuais, em condições justas e éticas para catadoras e  catadores envolvidos, impactando mais de 30 cidades do estado mineiro até 2026. O projeto é uma parceria do grupo Heineken, em parceria com a Verallia, Massfix, Fundação Avina e Rede Sul – MG. 

O projeto, denominado "Circuito do Vidro", que remete as rotas turísticas e culturais como o das Águas e Estrada Real, consiste em garantir a circularidade do vidro, material reciclável, mas que esbarra em desafios territoriais quando pensamos em reciclagem. “Esse é um grande passo rumo às mudanças necessárias em relação à destinação de embalagens pós consumo no Brasil. Acreditamos no potencial de colaboração entre diferentes atores, pois entendemos que somente juntos será possível garantir os impactos positivos que almejamos de ponta a ponta na cadeia das embalagens”, comenta Ligia Camargo, diretora de Sustentabilidade do Grupo HEINEKEN.

Desenvolvimento socioeconômico

Conforme divulgado pela RC8 Negócios Inclusivos, responsável pela assessoria técnica do projeto, além do aumento na circulação, acumulação e comercialização de materiais, e execução do projeto a iniciativa também promove o desenvolvimento socioeconômico para catadores e catadoras, reforçando sua inclusão produtiva por meio da oferta de oportunidades de geração de renda, suporte técnico e capacitação.

"As atribuições dentro desse projeto são compartilhadas entre as atividades de investimento para implementação, operacionalização e execução do plano, bem como a colaboração com outros parceiros visando à ampliação, compra e venda de cacos de vidro".

Ainda que o vidro seja um material nobre, de grande potencial reciclável e sem perdas no processo, apenas 25% do material que segue para o mercado descartado é retornado para a cadeia. Além disso, a produção de uma nova embalagem a partir de cacos de vidro, usa menos energia, reduzindo a emissão de gases de efeito estufa.

As cidades bases para a compra e coleta de vidro serão: São Lourenço, Caxambu, Poços de Caldas, Pouso Alegre, Três Pontas, Juruaia e Cachoeira de Minas e outras 27 serão impactadas com o projeto “Esta iniciativa beneficia todos os atores da cadeira de reciclagem, além de reduzir o impacto ambiental, economizar energia e recursos naturais, gera renda para os catadores e catadoras,” finaliza a executiva.