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Instituto Vital Brasil Até mesmo soros antiofídicos, como o soro antibotrópico (pentavalente), estão no rol de imunobiológicos especiais do PNI. O antibotrópico é indicado para vítimas de mordidas de serpentes do gênero Bothrops, que inclui a jararaca e a surucucu. Outros soros contra envenenamento são o soro antielapídico, contra a cobra coral verdadeira, e os soros antiescorpiônico e antiaracnídico.
O Instituto Butantan fabrica soros há mais de um século, e a produção atualmente envolve a imunização de cavalos com antígenos produzidos a partir de venenos, toxinas ou vírus. A partir disso, o plasma do animal é submetido a processamento industrial de purificação e formulação, resultando em produtos de alta qualidade, segurança e eficácia. Outro produtor tradicional desses soros é o Instituto Vital Brazil, do governo do estado do Rio de Janeiro.
Ana Paula Burian destaca que um leque tão grande de imunobiológicos requer muito planejamento, logística e estrutura para chegar às quase 40 mil salas de vacina e aos mais de 50 CRIEs
do país, que tem dimensões continentais e diferentes condições de estrutura e clima.
“As pessoas têm que pensar que, quando o Ministério da Saúde compra uma vacina, ele tem que pensar qual é a quantidade de que é preciso, qual é o transporte que vai levar, se vai de avião, de carro, de barco, de caminhão. E tudo isso tem que ser refrigerado. Tem que ter caixa térmica, bobina de gelo e termômetro para manter em uma temperatura adequada, porque, se congelar, perde a potência, e, se esquentar, também. Então, vacina e imunobiológico têm que ficar em um controle rígido de temperatura para manter a qualidade. Tem que comprar seringa, agulha. São muitas coisas que se faz, com um sistema informatizado para registrar, para que a população inteira possa ser beneficiada.”