Dificuldades articulatérias, vocais e auditivas comprometem a saúde da comunicação

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Cal Coimbra 20/06/2008

Dificuldades articulat?rias, vocais e auditivas
comprometem a sa?de da comunica??o

Hoje, j? ? fato, a Fonoaudiologia tem motivos para considerar a comunica??o como uma quest?o de sa?de e democratizar o acesso da popula??o a uma comunica??o efetiva e de qualidade.

O que ? uma comunica??o efetiva e de qualidade?

? aquela que permite ?s pessoas conseguirem comunicar-se com clareza e compreens?o do outro. Altera?es de fala tamb?m s?o problem?ticas na fase adulta. Quantas pessoas n?o possuem dificuldades de se inserir no mercado de trabalho devido a altera?es de fala, como a gagueira?

Para compreendermos o outro, e podermos expressar nossos pensamentos, precisamos ouvir bem e tentar falar com articula??o e tonalidade vocal adequadas. A audi??o, linguagem, voz, articula??o adequadas fazem parte deste ciclo comunicativo.

Atualmente s?o 278 milh?es de pessoas com algum tipo e grau de defici?ncia auditiva no mundo, segundo a OMS. Destas, 80% vivem em pa?ses em desenvolvimento como o Brasil. Apenas uma em cada 40 destas pessoas com defici?ncia auditiva t?m acesso ? interven??o adequada. Deste grande n?mero, cerca de 50% das defici?ncias auditivas poderiam ser prevenidas, ou suas dificuldades minimizadas, se a interven??o houvesse ocorrido a tempo, j? desde as orienta?es durante o pr?-natal.

O empenho nas campanhas de vacina??o obrigat?ria, como a rub?ola, por exemplo, para mulheres em idade f?rtil ? fundamental. Este procedimento ajuda a diminuir a incid?ncia da defici?ncia auditiva causada em beb?s durante a gesta??o.

A realiza??o de uma simples triagem auditiva ao nascimento em todas as crian?as pode fazer a diferen?a na qualidade do atendimento para o diagn?stico precoce (antes dos 6 meses de vida) e a interven??o imediata. Assim teremos sa?de para as fam?lias, economia e prazer para o Governo em reduzir ao m?ximo as limita?es impostas pela surdez.

Quanto melhor nos expressamos mais f?cil ficam as rela?es em todos os n?veis. Nas crian?as, das dificuldades mais simples, como as articulat?rias, at? diversos quadros neurol?gicos e mentais podem impossibilit?-las de desenvolver uma linguagem compreens?vel.

Temos a consci?ncia de que a ci?ncia avan?ou na cura de doen?as prolongando a expectativa de vida do homem, assim como, tamb?m, houve o avan?o na neonatologia, fazendo com que beb?s que antigamente n?o sobreviveriam devido ? prematuridade ou outras complica?es, hoje conseguem crescer e desenvolver-se com ajuda terap?utica. Da?, a import?ncia de come?armos mais cedo poss?vel o tratamento fonoaudiol?gico, porque podem ocorrer complica?es ou seq?elas que prejudiquem o desenvolvimento da fala na comunica??o.

N?o p?ra por aqui o desejo de fazer a todos os governantes entenderem que a comunica??o ? quest?o de sa?de. Cada vez mais estamos mais convictos de que devemos inserir nas pol?ticas p?blicas de sa?de, principalmente na de sa?de do idoso e da crian?a, a?es preventivas e assistenciais que ofere?am a essa popula??o melhores condi?es de vida comunicativa.

Os profissionais que utilizam de sua voz o seu instrumento de trabalho, como os professores, os locutores, os rep?rteres, os vendedores, os padres, os pastores da alma, os pol?ticos, n?s fonoaudi?logos, sentem e sabem o quanto ? importante a voz para estas profiss?es.

A sa?de do trabalhador deve englobar a?es voltadas tamb?m para a sa?de da comunica??o.


Cal Coimbra
? psic?loga e doutora em Fonoaudiologia
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Sobre quais temas (da ?rea de Fonoaudiologia) voc? quer ler nesta se??o? A fonoaudi?loga Cal Coimbra aguarda suas sugest?es no e-mail viver_fonoaudiologia@acessa.com