Médicos residentes de Juiz de Fora fazem protesto no Parque Halfeld

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Quarta-feira, 18 de agosto de 2010, atualizada às 18h

Médicos residentes de Juiz de Fora fazem protesto no Parque Halfeld

Daniele Gruppi
Subeditora

Os médicos residentes de Juiz de Fora fazem uma manifestação nesta quinta-feira, dia 19 de agosto, às 11h, no Parque Halfeld. Segundo o médico residente da Santa Casa de Misericórdia, Sérgio Castro Pontes, o objetivo é dar uma explicação para a sociedade sobre a greve nacional da categoria, deflagrada na última terça-feira, dia 17. "Não estamos parando sem motivo. Queremos mostrar nossas reivindicações."

Na cidade, os profissionais do Hospital Universitário (HU) da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) já estão de braços cruzados. Na sexta-feira, dia 20, os médicos residentes da Santa Casa de Misericórdia vão aderir ao movimento, que também atingirá o Hospital e Maternidade Terezinha de Jesus. Neste, as atividades serão interrompidas na segunda-feira, 23. Nos três hospitais, existem 253 médicos residentes.

Reivindicação

De acordo com o diretor da Associação Nacional dos Médicos Residentes (ANMR), Victor Lima, os profissionais reivindicam reajuste de 38,7% na bolsa-auxílio, congelada desde 2007. Além disso, pedem vale-alimentação, gratificação natalina, afixação de uma data para revisão anual da bolsa, ampliação da licença maternidade para seis meses e melhorias nas condições de formação.

Na última terça-feira, a categoria rejeitou, em assembleia, a proposta do Ministério da Saúde, que ofereceu reajuste de 20%. "A proposta está muito aquém do que estamos reivindicando", diz Victor. A classe volta a se reunir nesta quinta, 19, às 10h, em Belo Horizonte.

O médico residente do Hospital e Maternidade Terezinha de Jesus, Henrique Queiroz, afirma que a categoria é pouco valorizada. "Nossa remuneração é baixa diante da nossa carga de trabalho." 

Prejuízos

Conforme orientação da ANMR, 30% do quadro de profissionais em processo de especialização devem manter as atividades nos setores de urgência, emergência e CTI.  Desta forma, apenas os atendimentos ambulatoriais e as cirurgias eletivas ficam prejudicados.

Os textos são revisados por Thaísa Hosken