Vacinação contra sarampo e p?lio tem baixa adesão. Campanha acaba dia 31
Vacinação contra sarampo e pólio continua com baixa adesão. Campanha acaba dia 31
A procura nas unidades de saúde continua abaixo do esperado para a Campanha Nacional de Vacinação contra Sarampo e Poliomielite. A ação se encerra na próxima sexta-feira, 31 de agosto. De acordo com o balanço do Setor de Imunização do Departamento de Vigilância Epidemiológica e Ambiental (Dvea), a campanha atingiu até o dia 24 de agosto, sexta-feira, 59% de cobertura do público-alvo, que são crianças menores de 5 anos. A cobertura vacinal da poliomielite subiu de 35,05% para 59,38% e a do sarampo, de 35,15% para 59,37%. A meta estipulada pelo Ministério da Saúde é de 95%.
Este ano, conforme orientação da Secretaria de Estado da Saúde de Minas Gerais (SES/MG) e Ministério da Saúde (MS), a vacinação será indiscriminada, ou seja, todas as crianças menores de cinco anos devem tomar uma dose da vacina, mesmo aquelas que já receberam as duas doses contra o sarampo, previstas no calendário vacinal.
Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, é essencial que a imunização esteja em dia, visto que há surto de sarampo em regiões do país, como no Rio de Janeiro, estado vizinho de Juiz de Fora, e esta é uma doença de fácil contágio. A vacina é a única garantia de não adoecer. Por isso, é importante que pais e responsáveis levem as crianças em um dos 65 postos de vacinação espalhados pela cidade.
As doses das vacinas continuam disponíveis nas 63 Unidades Básicas de Saúde (UBSs), no Departamento de Saúde da Criança e do Adolescente (DSCA) e no PAM-Marechal, de segunda a sexta-feira.
Contraindicação
Com relação à vacina tríplice viral, que protege contra sarampo, caxumba e rubéola, há contraindicação para pessoas imunodeprimidas, cujo sistema imunológico esteja enfraquecido ou apresente registro de imunodeficiências congênitas ou adquiridas (clínica ou laboratorial grave), infectadas pelo HIV e com taxas de CD4 (células do sistema imunológico) menor que 15%, gestantes e pessoas com alergia grave aos componentes da fórmula.
Já a poliomielite é contraindicada apenas nos casos de crianças portadoras do vírus HIV ou que sejam contatos de pessoas soropositivas ou que tenham tido alergia grave à dose anterior.
Sarampo
Infecção exantemática aguda, é perceptível através de manifestações cutâneas, ou seja, por cima da pele. É transmissível e extremamente contagiosa, podendo evoluir com complicações e óbitos, particularmente em crianças desnutridas e menores de um ano de idade. A transmissão ocorre entre pessoas, por meio de secreções respiratórias, no período de quatro a seis dias antes do aparecimento do exantema, até quatro dias após. Os cuidados são os mesmos para qualquer faixa etária, e quem já teve a doença está imunizado permanentemente. O Departamento de Vigilância Epidemiológica da SS, através do Setor de Doenças Transmissíveis (DVEA), orienta que febre, coriza, tosse, conjuntivite e exantema são casos suspeitos de sarampo, e as pessoas devem procurar atendimento médico.
Os profissionais de saúde também precisam ficar atentos para realizar o diagnóstico de forma correta e avisar o DVEA, durante a semana, pelo telefone 3690-7467, e nos finais de semana pelo plantão, no 98431-4053.
Poliomielite
A Poliomielite, também chamada de pólio ou paralisia infantil, é uma doença contagiosa aguda causada pelo poliovírus, que pode infectar crianças e adultos por meio do contato direto com fezes ou com secreções eliminadas pela boca das pessoas infectadas e provocar ou não paralisia. Nos casos graves, em que acontecem as paralisias musculares, os membros inferiores são os mais atingidos.
A maior parte dos casos apresenta o tipo não-paralítico da doença, em que a pessoa não manifesta nenhum sintoma. Quando os sintomas surgem são brandos, e podem ser facilmente confundidos com uma gripe. Os sinais e sintomas, que costumam durar de um a dez dias, são: febre, dor na garganta e na cabeça, vômitos, mal-estar, dor nas costas ou rigidez muscular (principalmente nos membros inferiores) e meningite.