Criador e Criatura

Por

Ana Stuart 9/2/2010

Criador e Criatura

Desde os primórdios fala-se no criador e desde criança ouvimos os adultos falarem "o que é isto criatura?". Aí quando crescemos entendemos que criatura é o produto do criador.

Baseado em dados bíblicos Deus é o criador e nós as criaturas. Agora vamos trazer isto para o pessoal, somos criadores de várias coisas, ideias e projetos que envolvem várias pessoas.

Em contato com as pessoas envolvidas em nossos ideais, estes passam a ser criaturas.

Indo ainda mais para o pessoal, quando cativamos alguém ou nos deixamos cativar, passamos a partir daí a uma relação de criador e criatura.

Vamos imaginar esta relação entre pais e filhos onde todos esses fatores de criador e criatura estão envolvidos como ensinamentos, sentimentos, emoções, jogos emocionais, simbioses, fobias, preconceitos, etc.

Os pais enquanto criadores são responsáveis em grande escala pelo que transmitem implícita e explicitamente.

Explicitamente são ensinamentos que também lhe foram passados de pai para filho, verbalizados claramente e colocados nas relações interpessoais.

Estes conhecimentos são aprimorados ano a ano, geração a geração, século a século e certamente nossos descendentes terão uma educação mais e mais aprimorada, avanços tecnológicos inestimáveis, descobertas que nem sonha a nossa vã filosofia.

Já o que o criador transmite implicitamente para suas criaturas, no caso pais e educadores, que são os exemplos e os valores morais que não são ditos, é que ditarão os comportamentos biopsicossociais.

Estes sim ditarão a real evolução.

Levando-se em conta que as criaturas leem o coração e muitas vezes captam os pensamentos daqueles a quem amam, se não houver coerência no que dizemos e no que pensamos e como agimos, estaremos propagando a confusão em nossas criaturas.

Como também se as criaturas não são coerentes confundem seus criadores.

Como consertar tantos enganos que se entrelaçam nas relações?

A sugestão é que tentemos a coerência devagar a cada dia até nosso inconsciente assimilar a coerência proposta. E este é um processo único e intransferível.

Portanto quando a criatura diz: - “É bom?" - Acredite.

Mas quando o criador diz: "- É bom?" - Acredite mesmo.



Ana Stuart
é psicóloga e terapeuta familiar